quarta-feira, 28 de março de 2018

Barrabás ou Jesus Cristo... qual a sua escolha?

"Qual quereis que vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?" (Mateus 27:17)

Os quatro evangelhos fazem referência a Barrabás, uma figura misteriosa que surge em conexão com o julgamento de Cristo. A tradição a seu respeito é reticente. Prisioneiro, ele aguardava a execução. Desejando libertar Jesus, talvez influenciado pela mensagem de sua esposa, Pilatos sugere uma escolha entre os dois: Jesus ou Barrabás? 
“Esse homem [Barrabás] havia afirmado ser o Messias. Pretendia autoridade para estabelecer uma nova ordem de coisas, para emendar o mundo. Sob uma ilusão satânica, pretendia que tudo quanto pudesse obter por furtos e assaltos era dele. Por meios diabólicos havia realizado coisas admiráveis, atraído seguidores e despertado sedição contra o governo romano. Sob a capa de entusiasmo religioso, era um endurecido e consumado vilão, dado à rebelião e à crueldade. Oferecendo ao povo escolha entre esse homem e o inocente Salvador, Pilatos julgava despertar-lhes o sentimento da justiça. Esperava conquistar-lhes a simpatia para Jesus, em oposição aos sacerdotes e príncipes” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 733).
Mas Pilatos é colhido por uma estarrecedora surpresa: "Solte-nos Barrabás", grita a multidão.

Qual é a razão para uma escolha como essa? Os líderes religiosos daquele tempo sabiam que poderiam prender Barrabás novamente, quando necessário. Mas como poderiam silenciar alguém como Jesus Cristo? Como parar um Homem que, sem qualquer arma, representava um perigo revolucionário capaz de subverter o judaísmo e todo o Império Romano? O que fariam com Alguém cujas armas eram Suas novas ideias sobre Deus e as pessoas, capazes de explodir as velhas categorias religiosas? Barrabás poderia explorar seus conterrâneos, mas ele não ameaçava governar a vida de ninguém. Por outro lado, Jesus apresentou um reino que governa de dentro para fora. Sem imposição, conduz a uma lealdade superior à vida e à morte.

Naquela tarde da Páscoa, três ladrões, talvez do mesmo grupo, deveriam ser crucificados: Dimas, Gestas e Barrabás. Barrabás é liberto no último instante, e Jesus é crucificado em seu lugar. 

Aqui nós temos a mais perfeita ilustração do princípio da substituição. A história de Barrabás é a história da salvação por meio da morte de Jesus Cristo. Seu nome, "Bar Abba", significa "filho do pai". Como ele, todos nós, filhos do pai Adão, somos culpados de rebelião e sedição contra Deus, ladrões de Sua glória, assassinos de nós próprios e de outros, prisioneiros do pecado. Barrabás, no corredor da morte, apenas aguardava a execução. Ele deve ter olhado para as palmas de suas mãos, imaginando como seria a dor dos cravos rasgando a carne, dilacerando a cartilagem e os ossos. Ouviu então o sinistro barulho da chave abrindo a pesada porta de ferro. Ouviu os passos dos guardas. "Chegou minha hora", pensou. Sua cabeça estava pesada e confusa.

Parecia até ouvir seu nome gritado por enorme multidão. Ainda não sabia exatamente o que estava acontecendo. Abismado, ouviu que estava livre: "Pode ir para casa."

Isso é substituição: Jesus tomou nosso lugar. Ele foi feito pecado para que sejamos feitos justiça de Deus.

Extraído de Meditações Diárias "Encontros com Deus" de Amin A. Rodor

Nota: Jesus representa a verdadeira libertação por meio do amor, justiça e sacrifício; Barrabás representa a falsa e ilícita libertação, por meio do ódio, violência, injustiça e vício. O povo preferiu libertar as trevas e a mentira, e crucificar a verdade e a luz. Jesus não fez nenhum mal, e foi condenado. Barrabás não fez nenhum bem, e foi inocentado, num julgamento injusto. A menos que estejam sob a convicção do Espírito Santo, inevitavelmente as pessoas fazem a escolha espiritual errada, como fez aquela multidão. No fim, todos temos a escolha entre Cristo e Barrabás, entre Cristo e o mundo corrompido e caído, entre a vida e a morte. 
“O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.” (João 3:19)
Mais de dois mil anos depois, milhares de pessoas continuam escolhendo errado. A natureza humana continua a mesma que naquele dia terrível, no qual a multidão frenética virou contra Jesus e gritava: "Crucifica-o!". Escolhem o mundo à Cristo. Por que as pessoas têm a tendência de preferir as trevas à luz? Esse fato nos fala sobre a realidade de nossa natureza caída, e sobre nossa necessidade de nos entregarmos totalmente ao Senhor. Os cristãos modernos precisam fazer escolhas semelhantes. E Jesus, o Messias deve ser a nossa escolha. Caro amigo, agradeça a Deus por esse tão grande sacrifício, aceite essa salvação gratuita que Ele oferece e não esqueça: Jesus deu a vida, morreu a morte eterna em seu e meu lugar. A cruz não era dEle. Era de Barrabás, era sua, era minha…

sábado, 24 de março de 2018

Deus muda o caráter e também o temperamento

Li recentemente em um blog um texto em que o autor falava algo sobre “ser autêntico”. O irmão estava revoltado com uma discussão que teve com alguém e, por isso, escreveu o seguinte: “Ser ‘sincero’, ‘autêntico’ ou ‘você mesmo’ não é desculpa para ser uma pessoa nojenta, desagradável ou idiota. Pare de se orgulhar de ser um completo @$&#% e vê se aprende a viver em sociedade” (o @$&#% é por minha conta, o comentário trazia o palavrão explicitamente). Não concordo com a escolha de vocábulos que ele adotou, pois antipatizo com o uso de palavrões (se para toda palavra torpe há um sinônimo menos agressivo, por que usar?). Mas estou de acordo com o conteúdo do que ele disse.

Anos atrás eu acreditava que tinha de ser autêntico, de falar o que viesse à cabeça, custasse o que custasse. Mas percebi que, se vivermos sob o pretexto de que “eu sou assim mesmo” e “esse é o meu jeito”, vamos andar na contramão do Evangelho. Por quê? Pois a verdade é que não interessa como você é. Interessa como Cristo é. E se “não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20), o verdadeiro cristão não pode usar a desculpa de que “eu sou assim” e machucar outras pessoas. Pois Jesus não machucaria.

Já ouvi alguns pregadores usarem em suas mensagens um sofisma que, de tanto ser repetido, acabou virando uma pseudoverdade teológica, ou, para usar um vocábulo mais aceito pela sociedade, apenas mais um clichê gospel. Dizem: “Deus muda o caráter, mas não o temperamento“. Já ouviu isso? Só que essa afirmação simplesmente não é verdade. Basta olhar as virtudes contidas no fruto do Espírito exposto em Gálatas 5:22,23: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.

Pare para pensar. Isso é o fruto que o Espírito Santo gera no salvo. Agora: se essa frase fosse verdade, todas essas virtudes teriam a ver apenas com caráter. Mas muitas falam de mudança de temperamento. Observe: Amor: caráter e temperamento. Alegria: temperamento. Paz: caráter e temperamento. Longanimidade (ou paciência, em outras traduções): temperamento. Benignidade (ou amabilidade, em outras traduções): caráter e temperamento. Bondade: caráter. Fidelidade (ou fé, em outras traduções): caráter. Mansidão: temperamento. Domínio próprio: caráter e temperamento. Ou seja, a atuação do Espírito de Deus na vida do que é salvo se dá no nível da transformação do caráter, mas também no do temperamento. É uma transformação do todo e não de 2/3 do indivíduo que foi chamado da morte para a vida. Ninguém é regenerado por Cristo parcialmente: ou nasce todo ou não nasce.

Naturalmente, existe o processo de santificação, uma dinâmica cotidiana. Só que santificação representa melhorar a cada dia. Subir um degrau da escada, depois outro, depois outro. Não é estagnação. Não é retrocesso. É avanço. E justificar uma forma anticristã de ser como sendo parte de um processo de santificação é alegar que estar satisfeito consigo mesmo de modo estagnado é se santificar. E não é nada disso. O cristão que fala “eu sou assim mesmo, me aguentem” não está em processo de santificação, está parado no sinal verde com o freio de mão puxado. E não adianta buzinar, pois ele não sai do lugar. E ainda berra pela janela: “Eu não vou andar, pois sou autêntico!”.

Assim, justificar, como disse o irmão do blog, atitudes desagradáveis ou ofensivas com o argumento de que é “seu jeito de ser” não é nada bíblico. O verdadeiro salvo é quem se arrependeu de todos os seus males, inclusive a sua forma de ser, se ela é socialmente desagradável. Não entendo, por exemplo, um pastor que viva falando de Jesus, mas cujo temperamento seja constantemente irascível. Todos temos arroubos de raiva, mas quando o seu “jeito de ser” é naturalmente agressivo, para mim isso não demonstra autenticidade, mas falta de intimidade com o Jesus que prega.

Não, não é bíblico ou cristão dizer “sou sincero” e sair desrespeitando os irmãos. Não, não é bíblico ou cristão dizer “sou autêntico” e sair agredindo verbalmente as pessoas. Não, não é bíblico ou cristão dizer “esse é o meu jeito, se não gostar azar o seu”, pois isso contraria frontalmente o “amar o próximo como a si mesmo”. Dizer essas coisas só faz de você, como disse o mano do blog, “uma pessoa desagradável”. Não há mérito algum nisso. Não é bonito. Não creio que agrade Deus. Não demonstra fruto do Espírito.

Não cabe a mim dizer como você tem que ser, isso é entre você e Deus. Mas se posso fazer uma recomendação, é: não seja como você é. Não orgulhe-se de ser quem você é. Se eu fosse ser quem eu sou, iria querer muita distância de mim mesmo. Mas Cristo vive em você? Então dê de beber ao teu inimigo sedento, pague um almoço ao inimigo faminto. Ame quem te fez mal. Contrarie sua natureza e seus impulsos. Alimente a natureza de Cristo em si. Isso sim é ser cristão.

Essa é a proposta do Evangelho. Se você percebeu que se encaixou nessas palavras, clame a Deus para que Ele te transforme. Acredite: Ele faz isso.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari (via Apenas)
"Se Cristo, a esperança da glória, é formado no interior, a verdade de Deus agirá de tal maneira sobre vosso temperamento natural, que seu poder transformador será revelado num caráter transformado." (Ellen G. White - Mente, Caráter e Personalidade 1, p. 355)

sexta-feira, 23 de março de 2018

Como você agiria se estivesse no lugar dos vilões da Bíblia?

Sempre que lemos a Bíblia, nos identificamos mais com certos personagens e assumimos uma postura de oposição a outros. Isso é natural e todos fazemos isso. Como conhecemos bem as histórias das Escrituras, já sabemos a forma como os relatos acabam e, por isso, criamos empatia com os heróis – em geral, nos colocamos no lugar dos grandes homens e mulheres de Deus. O que não notamos é que, se estivéssemos no lugar dos vilões, muitas vezes provavelmente agiríamos exatamente como eles. Se você consegue perceber esse fato, muita coisa muda na sua forma de ser, você cresce em humildade e, assim, se aproxima de Deus. Deixe-me dar alguns exemplos, para deixar mais claro o que estou dizendo.

O bom samaritano, o sacerdote e o levita
Na parábola do bom samaritano (Lc 10) todos olhamos torto e falamos mal daqueles malvados sem coração que passaram pela estrada e não prestaram socorro ao pobre homem que estava largado à beira do caminho. Todos cremos que agiríamos exatamente como o samaritano, que parou, cuidou do ferido, doou seu tempo e seu dinheiro a ele. Jamais nos identificamos com o sacerdote e o levita que foram cuidar de sua vida e de seus próprios interesses e não deram atenção ao homem que jazia ali, necessitado de uma mão estendida. Bem, agora pensemos na vida real. Tente calcular quantas vezes você viu alguém literalmente caído na rua, dormindo sob uma marquise ou desabado de embriaguez e parou para ajudá-lo. Foram muitas? Agora faça as contas de quantas vezes viu gente nessas situações e simplesmente continuou em seu caminho, sem fazer absolutamente nada pelos tais. Ouso dizer que você deu as costas ao seu semelhante muitas, mas muitas vezes mais do que parou para prestar auxílio. Estou errado? Se estou, você é uma pessoa bem melhor do que eu, que deixei pessoas caídas à beira do caminho infinitamente mais vezes do que parei para ajudar. Isso sem falar naquelas que, metaforicamente, estão feridas e desesperadas por amparo e socorro e que fingimos não ver e largamos para lá. A realidade é que não somos muito diferentes daquele sacerdote e do levita.

A mulher adúltera, os escribas e os fariseus
Outro exemplo: no caso da mulher adúltera (Jo 8), sempre olhamos para os escribas e fariseus com olhar condenatório. Como podem aqueles legalistas desalmados não perdoar a pobre mulher? Mas… sejamos sinceros. Ponha-se naquele lugar, naquele contexto. Se você estivesse no meio da multidão, será que não teria uma pedra em sua mão? Será que não olharia para aquela pecadora e pensaria que ela merecia mesmo aquela punição? Qual de nós, se estivesse naquela situação, pensaria em dizer “nem eu te condeno, vá e não peques mais”? Ouso dizer que a grande maioria cumpriria a lei e quebraria alguns dos ossos dela com prazer. Afinal, é o que fazemos hoje também. Sejamos francos: não somos muito adeptos do perdão, em nossa vida diária cremos que condenações sumárias e apedrejamento dos “pecadores” é o que agrada a Deus. Em geral, quando sabemos que um irmão pecou, exigimos juízo acima de tudo e não nos lembramos muito da graça, da restauração. Na internet, então, o que mais se vê hoje em dia são cristãos que vivem jogando pedras para todos os lados, acusando, atacando, ofendendo, alfinetando, lançando indiretas, apedrejando. Basta olhar redes sociais, blogs, sites e streams de vídeo de cristãos para perceber que há multidões de irmãos em Cristo que passam os dias tacando pedregulhos virtuais – numa postura de pretensa superioridade espiritual, exatamente como aqueles escribas e fariseus. A realidade é que não somos muito diferentes daqueles homens.

Lázaro e o rico
Vamos além. Pense no rico e em Lázaro (Lc 16). Todos condenamos aquele rico desumano e louvamos o mendigo. Mas, na vida cotidiana, quem de nós deixa de lado nem que seja por um tempo o conforto e os bens para dar aos pobres e necessitados algo que vá além das migalhas que caem de nossa mesa? Seria muito atrevimento meu dizer que não somos tão mais generosos assim do que aquele homem rico?

Davi e Golias
Davi e Golias, então, nos oferecem uma reflexão peculiar. Nenhum de nós jamais se considera o filisteu da história. Vivemos dizendo coisas como “temos de derrotar os gigantes”, ou “Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” e em 100% das vezes nos pomos no lugar de Davi. Jamais no de Golias. Mas pense um pouco. Quantas vezes você foi o mais forte em uma situação e humilhou o mais fraco? Quantas vezes usou de sarcasmo na sua fala contra quem discorda de você? Quantas vezes abusou do poder de que dispõe para rebaixar os menores? Em nossa superioridade, muitos cristãos oprimem os mais fracos. A realidade é que não somos muito diferentes de Golias.

Marta e Maria
Marta sempre é criticada por sua postura no relato de Lucas 10. Mas já perdi a conta de quantas vezes preferi enveredar pelo ativismo em vez de priorizar a intimidade com Jesus. Na teoria, sempre nos vemos como Maria, mas, na prática, agimos em incontáveis situações como Marta. Optamos por trabalhar para Deus em detrimento de comungar com ele. A realidade é que não somos muito diferentes de Marta.

Abigail, Nabal, Pedro, Judas, Pilatos, Estevão, Paulo...
E poderíamos prosseguir indefinidamente. Sempre admiramos Abigail e criticamos Nabal, sem reparar a quantidade de vezes em que nos negamos a ajudar quem nos pede auxílio. Sempre cremos que nunca agiríamos como Pedro e Judas, mas traímos diariamente Jesus com nossas atitudes pecaminosas e escolhas equivocadas. Sempre condenamos Pilatos, mas lavamos as mãos numerosas vezes diante de situações em que poderíamos interferir mas permanecemos apáticos em benefício próprio. Sempre achamos que somos exatamente como Estevão, mas na primeiro risco que corremos saímos correndo covardemente e deixamos os outros para lá, como fizeram os discípulos no Getsêmani.

A realidade é que agimos diariamente como os vilões da história. Não há crescimento na fé ou vida com Cristo sem o reconhecimento deste fato: nós erramos. Somos transgressores, mentirosos, egoístas, sovinas, egocêntricos, medrosos, ativistas, maus. Nossa natureza nos afasta do ideal cristão. Agimos exatamente como Paulo – não como o grande apóstolo Paulo, mas o grande pecador Paulo -, que revela sua natureza falha numa das confissões mais lindas da Bíblia:
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.” (Rm 7:14-25)
Nosso valor vem de Cristo. É Ele quem nos justifica, santifica, edifica. É somente por Ele que somos mais que vencedores. Longe de Jesus somos perdedores da pior espécie. Sem Ele nada podemos fazer. Peço a Deus que essa percepção nos conduza sempre aos pés do Senhor, em humildade e reconhecimento de que somos pó. Só o Cordeiro nos livra do merecido inferno. O Céu é um presente gracioso de Pai para filho. Somos os vilões da história da humanidade, mas Cristo tem o poder de nos regenerar, amenizando nossa culpa e absolvendo-nos de nossa vilania.

Meu irmão, minha irmã, seja sempre amoroso e gracioso com seu próximo. Lembre-se de que você não é tão melhor assim do que ele. Pense que muitas e muitas vezes as suas atitudes são iguaizinhas às dos vilões da Bíblia. Se você reconhecer esse fato, Deus vai exaltá-lo, ampará-lo e lhe dar graça. E, no último dia, você ouvirá do Pai: “Muito bem, servo bom e fiel…” (Mt 25:21).

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari (via Apenas
Título original: Com que personagem da Bíblia você se identifica?

quinta-feira, 22 de março de 2018

Os Adventistas e os Direitos Humanos

Em meados do século XIX, os Adventistas do Sétimo Dia defenderam, desde o seu inicio, os direitos humanos. Inspirados pelos valores bíblicos, os adventistas pioneiros estiveram envolvidos na luta contra a escravatura e a injustiça, e reivindicaram o direito de cada pessoa escolher uma crença de acordo com a sua consciência e de exercer e ensinar livremente a sua religião de forma não discriminatória, respeitando sempre a igualdade de direitos dos demais. Os Adventistas do Sétimo Dia acreditam que na religião o uso da força é contrário aos princípios de Deus. Os Adventistas do Sétimo Dia afirmam a dignidade do ser humano criado à imagem de Deus, promovendo a liberdade religiosa, a vida familiar, a educação, a saúde, a ajuda mútua e satisfazendo as prementes necessidades humanas.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 (acesse aqui) foi escrita e adotada por indivíduos que conheceram a destruição, o desespero e as dificuldades sem precedentes da Segunda Guerra Mundial. Esta experiência dolorosa concedeu-lhes a visão e o desejo de um mundo futuro de paz e liberdade. Ao brotar do melhor e mais nobre do coração humano, a Declaração Universal é um documento basilar que defende firmemente a dignidade, liberdade e igualdade humana, e a não discriminação de minorias. O artigo 18, que protege incondicionalmente a liberdade religiosa na crença e na prática, é de especial importância, pois a liberdade religiosa é o direito humano fundamental que sustém e suporta todos os direitos humanos.

Atualmente, a Declaração Universal dos Direitos do Homem é muitas vezes violada, especialmente o Artigo 18. A intolerância levanta frequentemente a sua cara feia, apesar dos progressos alcançados em muitos países. A Igreja Adventista do Sétimo Dia desafia as Nações Unidas, as autoridades governamentais, os líderes religiosos e os crentes e as organizações não governamentais a trabalharem consistentemente para a implementação desta Declaração. Os políticos, os líderes dos sindicatos, os professores, os empregadores, os representantes da comunicação social e todos os líderes de opinião deveriam apoiar fortemente os direitos humanos. Isso constituiria a resposta e a solução para a redução do crescente e violento extremismo religioso, a intolerância, os crimes passionais e a discriminação baseada na religião ou no secularismo anti-religioso. Deste modo, a Declaração Universal crescerá na sua importância prática e no seu esplendor, sem nunca correr o risco de se tornar num documento irrelevante.

Esta declaração foi votada em 17 de Novembro de 1998 pelo Conselho Administrativo da Conferência Geral e emitida pelo Gabinete de Relações Públicas da Conferência Geral (via Centro White)
"Toda religião falsa ensina seus adeptos a serem descuidosos para com as necessidades, sofrimentos e direitos humanos. O evangelho dá alto valor à humanidade, como resgate do sangue de Cristo, e ensina uma terna solicitude pelas necessidades e misérias do homem." (Ellen G. White - O Desejado de Todas as Nações, p. 287)
Veja o vídeo abaixo com o presidente da Igreja Adventista para a América do Sul, pastor Erton Köhler, e saiba mais sobre o assunto.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Detalhes da crucificação de Jesus: reflita no que Ele fez por você

Cravos: tinham de 13 a 18 centímetros de comprimento por 1 centímetro de diâmetro.

Moscas: provavelmente foram atraídas pelo cheiro de sangue.

Mãos: perfurações no antebraço, entre o rádio e o cúbito, ou nas palmas, entre os metacarpos.

Feridas: o chicote romano (flagrum) tinha pedaços de ossos ou de metal nas pontas de suas três tiras, o que chegava a arrancar pedaços de pele e ferir órgãos internos. Cristo sofreu duas séries de 39 chicotadas. Ou seja, contando-se as três tiras, Ele levou 234 açoites.

Sofrimento espiritual e emocional: maior do que as dores físicas de Cristo foi Sua agonia espiritual. Um com o Pai desde a eternidade, sofreu Seu completo afastamento. Jesus foi misteriosamente feito “maldição” (Gl 3:13) em nosso lugar, levando sobre Si os pecados de todos.

Roupas: provavelmente Jesus foi exposto completamente nu perante a multidão.

Pés: foram pregados juntos ou separados. Os cravos e o peso do corpo castigavam os sensíveis nervos plantares.

Via Dolorosa: calcula-se que o trajeto que Cristo carregou a parte horizontal da cruz, de cerca de 30 quilos, foi entre 900 e 1.500 metros, até o Calvário. Em parte desse trajeto, a cruz foi levada por Simão, cireneu.

Escuridão: ao meio-dia, surgiu uma escuridão inexplicável em volta da cruz. Nela, Deus escondeu a agonia final de Seu Filho.

Multidão: assim como os líderes religiosos, a multidão era uma massa de manobra das forças do mal. Todos zombavam de Cristo, mas, com a escuridão, o terremoto e as palavras de Cristo, foram tomados pelo medo.

Calvário: localizava-se possivelmente onde hoje é a Igreja do Santo Sepulcro ou no Jardim de Gordon; uma elevação de quase 5 metros, que lembra uma caveira. O Jardim de Gordon é o local mais provável, pois se encontra fora dos muros da Jerusalém antiga.

Mãe: Cristo sofreu por Sua mãe, que acompanhava Sua crucificação, e a entregou aos cuidados do discípulo João.

Placa: geralmente continha o nome e a condenação dos crucificados.

Coroa: provavelmente feita do espinheiro de Jerusalém (Paliurus spina christi) ou do espinheiro-de-cristo sírio, foi fixada e batida repetidamente sobre a cabeça de Cristo, ferindo o nervo trigêmeo, causando uma dor que nem a morfina é capaz de amenizar.

Sede: Jesus também sofreu ardente sede, pois não havia bebido nada desde a noite anterior, carregou a cruz, perdeu muito sangue e sofreu intensa febre, devido às inflamações.

Corpo: sofreu cãibras, espasmos, desidratação, policontusões e exalação insuficiente com retenção de gás carbônico no sangue e nos pulmões (hipercapnia).

Vinagre: desde que chegou ao Calvário, durante a crucifixão e ao fim dela, os soldados ofereceram-Lhe vinagre, vinho azedo misturado com água e vinho com mirra, para aliviar Sua dor, mas Cristo recusou-Se a bebê-las, para manter-Se consciente e não fugir à Sua missão.

Lança: quando a morte na cruz precisava ser adiantada, dava-se um “golpe de misericórdia”, chamado crucifragium, quebrando-se a tíbia (osso da canela). Mas isso não foi preciso, pois Jesus morreu antes. Para assegurarem Sua morte, Ele foi ferido com uma lança.

Sangue e água: a lança provavelmente atingiu o pericárdio e a pleura pulmonar, a qual reteve água devido à incapacidade de Jesus expirar completamente. Supõe-se que foi por essa razão que jorrou sangue e água da ferida.

Vitória: ao gritar “está consumado” (em grego tetelestai, que pode significar “está pago”), Jesus não morreu como uma vítima frágil, mas como um herói. Cumpriu Sua missão, salvou a humanidade.

Morte: provavelmente por parada cardiorrespiratória. Além dos sofrimentos físicos, o coração de Cristo não suportou o peso dos pecados da humanidade.

Terremoto: às 15 horas, após Cristo gritar duas vezes e dar Seu último suspiro, ocorreu um terremoto com tremor que fendeu rochas e abriu túmulos.

Tempo na cruz: os crucificados permaneciam vivos de 18 horas a alguns dias. Jesus ficou na cruz entre as 9 horas e as 15 horas. Seus graves ferimentos e o sofrimento espiritual foram determinantes para Sua morte rápida.

Getsêmani: o sofrimento de Cristo começou pelo menos dez horas antes da cruz quando começou a sentir o peso dos pecados humanos. Seu sofrimento psicológico foi tão grande que O fez suar gotas de sangue. Esse fenômeno raro na literatura médica é conhecido como hematidrose.

Cruz: a pena de morte por crucificação já era praticada desde o século 6 a.C. por persas e babilônios, até que foi proibida pelo imperador Constantino, em 337 d.C. Há quatro tipos conhecidos de cruz: decussata (em forma de X), quadrata (em forma de +), comissa (em forma de T) e imissa (em forma da cruz, como a conhecemos). Certamente, a cruz de Cristo foi do tipo comissa ou imissa, pois a própria palavra para crucificar no Novo Testamento é stauros, que significa colocar em um tau (nome da letra T em grego). Se considerarmos a necessidade de se pregar uma placa, é possível que a cruz como a conhecemos possa ter sido a utilizada.

Partes da cruz: as cruzes romanas eram compostas de duas partes: stipes e patibulum. A stipes era o poste, que geralmente permanecia no local de suplício e tinha cerca de 5 metros de altura e 70 quilos. O patibulum era a parte horizontal, geralmente carregada pelo condenado até o local de execução. Tinha cerca de 2,5 metros e por volta de 30 quilos. Possivelmente, o encaixe entre as duas partes era feito no chão, onde o crucificado era pregado, para depois ser erguido e a cruz ser encaixada no buraco previamente feito.

Assento: algumas cruzes tinham uma sedicula, pedaço de madeira fixado à altura do quadril para apoiar o corpo, facilitar a respiração e aumentar o tempo de suplício.

Embalsamamento: o ritual judaico de sepultamento durava entre cinco e seis horas, pois envolvia lavar o cadáver, perfumá-lo com aromas frescos, embalsamá-lo e envolvê-lo em faixas. Para se evitar esse trabalho no sábado, o ritual foi adiado para a manhã de domingo.

Deus, anjos: Deus estava ao pé da cruz, junto a Cristo, na escuridão misteriosa, compartilhando de Seu sofrimento, acompanhado de anjos celestiais. Todos, porém, não podiam confortá-Lo. Cristo teria que levar sozinho o peso dos nossos pecados.

Satanás, demônios: estavam presentes e ativos entre a multidão. O inimigo torturava a Jesus, tentando levá-Lo ao desespero e a desistir de Sua missão. Paradoxalmente, contra seus próprios interesses, o inimigo não conseguia resistir ao prazer sádico de matar o Filho de Deus.

O templo e as profecias: os sacrifícios realizados no Templo apontavam para Cristo, o “Cordeiro de Deus” (Is 53:5, 6, 10). O início da crucifixão foi exatamente no horário do sacrifício da manhã e o fim dela, no horário do sacrifício da tarde. Com a morte de Cristo, o antigo sistema sacrifical perdeu a validade, e o véu do Templo foi rasgado de cima a baixo (Mt 27:51). De acordo com a profecia das 70 semanas de Daniel (Dn 9:24-27), Cristo morreu no ano 31 d.C. Ou seja, a morte de Cristo teve data e hora marcadas.

Caifás: na casa desse sumo sacerdote, Jesus foi julgado. Em 1990, foi achado um ossuário, contendo a inscrição em hebraico: “José, filho de Caifás”.

Pilatos: arqueólogos italianos que escavavam um teatro romano em Jerusalém encontraram uma pedra com a inscrição latina: “Pôncio Pilatos, prefeito da Judeia”.

Julgamento: o julgamento de Cristo ocorreu durante a madrugada e à véspera de um sábado e de uma grande festa religiosa – três infrações do registro escrito das tradições judaicas, a Mishná, de acordo com o Sanhedrin 4,1.

Pretório: casa do governador romano da Judeia. Em seu pátio, Jesus foi julgado, castigado e condenado. Em 1930, escavações identificaram plataformas maciças do pátio da fortaleza Antônia. Nessas plataformas, estavam gravados alguns desenhos de jogos que soldados romanos faziam para passar tempo. As descrições desse pavimento (lithóstotos) são muito semelhantes ao que se relata em João 19:13.

Ressurreição: o anjo do mais alto posto celestial, revestido de luz, foi comissionado a chamá-Lo e rolou a pedra do sepulcro. Os guardas caíram ao chão. Posteriormente, os discípulos O viram, tocaram nEle, compartilharam uma refeição e conversaram com Ele.

Ressurreições: quando Jesus ressurgiu, outras pessoas ressuscitaram das sepulturas abertas no terremoto que ocorreu no momento de Sua morte (Mt 27:51-53).

A verdade: os discípulos mantiveram a versão de que Jesus ressuscitou, mesmo em face da morte e sem ganhar qualquer vantagem. Se isso não fosse verdade, pelo menos um deles negaria o fato.

Profecias: as circunstâncias ligadas à morte de Cristo foram preditas séculos antes, no Antigo Testamento. Confira algumas: julgamento fraudulento (Is 53:8; Mt 26:59); abandono dos discípulos (Zc 13:7; Mc 14:27); sofrimento em silêncio (Is 53:7; Mt 27:12-14); morte substitutiva (Is 53:5; 1Jo 2:2); mãos e pés traspassados (Sl 22:16; Jo 20:25-27); intercessão pelos transgressores (Is 53:12; Lc 23:34); morte junto a malfeitores (Is 53:12;Lc 23:34); zombaria (Sl 22:7, 8; Mt 27:41-43); roupas sorteadas (Sl 22:18; Jo 19:23, 24); separação de Deus (Sl 22:1; Mt 27:46); traspassado pela lança (Zc 12:10; Jo 19:34); sepultamento em túmulo de rico (Is 53:9; Mt 27:57-60).

Segunda vinda: em meio ao Seu julgamento, Cristo afirmou que Seus acusadores e executores O veriam em Seu retorno glorioso. Isso ocorrerá em Sua segunda vinda como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Mt 26:64; Ap 1:7; 1Tm 6:14, 15).

Autor: Diogo Cavalvanti (via Conexão 2.0)

Fontes: Rubén Dario Camargo (Fisiopatologia da morte de Cristo); Rodrigo Cardoso (Como Jesus foi crucificado? IstoÉ, de 1/4/2010); Rodrigo Silva (Escavando a Verdade, CPB, 2007 e A Arqueologia e Jesus, Perspectiva, 2006); Frederick Zugibe (A Crucificação de Jesus, Matrix, 2010).

terça-feira, 20 de março de 2018

Dia Internacional da Felicidade + 20 Conselhos de Ellen G. White

O Dia Internacional da Felicidade é comemorado anualmente em 20 de março, e foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em junho de 2012. International Day of Happiness, como é conhecido internacionalmente, tem o objetivo de promover a felicidade e alegria entre os povos do mundo, evitando os conflitos e guerras sociais, étnicas ou qualquer outro tipo de comportamento que ponha em risco a paz e o bem-estar das sociedades.

A Finlândia aparece como o país onde as pessoas são mais felizes. Na sequência estão Noruega, Dinamarca e Islândia. O Brasil está na 28ª posição do ranking. O levantamento leva em consideração o PIB per capita, a expectativa média de vida, a percepção de apoio recebido no próprio ambiente social e a percepção de confiança no governo e nas empresas em relação à corrupção. O levantamento considera também a percepção dos entrevistados quanto à liberdade de tomar decisões próprias para influenciar suas vidas e a generosidade dos entrevistados em relação a doações. Fatores negativos, como preocupações, tristeza e raiva também desempenham um papel no estudo. 

Deus, e não a felicidade, é o alvo final da vida e o bem maior da existência. Porém, a felicidade melhora todos os principais aspectos da vida, dá sentido à existência e deve ser buscada. O ser humano foi criado com uma ilimitada capacidade de ser feliz. Mas, com o pecado, adquiriu uma habilidade imensa de ser infeliz e estragar a felicidade dos outros. O plano de Deus é que sejamos felizes aqui e muito mais no futuro.

Abaixo temos 20 importantes e sábios conselhos de Ellen G. White para atingirmos a real felicidade:

1. Harmoniosa ação de todas as energias
"A ação harmoniosa e salutar de todas as energias do corpo e da mente resulta em felicidade; quanto mais elevadas e aprimoradas as energias, tanto mais pura e perfeita a felicidade." (Conselhos Sobre Saúde, p. 51)

2. Relação da felicidade com a saúde
"Tão estreitamente está a saúde relacionada com a nossa felicidade, que não podemos ter a última sem a primeira. É necessário um conhecimento prático da ciência da vida humana, a fim de que glorifiquemos a Deus em nosso corpo." (Conselhos Sobre Saúde, p. 38)

3. Trabalho altruísta
"Nossa felicidade será proporcional a nosso trabalho altruísta movido pelo amor divino, pois no plano da salvação Deus indicou a lei da ação e reação." (Beneficência Social, p. 302)

4. Fazer o bem estimula os nervos
"O prazer de fazer bem a outros, comunica aos sentimentos um ardor que eletriza os nervos, vivifica a circulação do sangue, e produz saúde física e mental." (Serviço Cristão, pp. 270 e 271)

5. Toda pessoa é uma fonte de sua própria felicidade
"Cada um possui em si mesmo a fonte da própria felicidade, ou infortúnio. Se ele quiser, poderá erguer-se acima das impressões baixas, sentimentais, que constituem a vida de muitos; mas enquanto ele for cheio de si mesmo, o Senhor nada poderá fazer em seu benefício." (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 190)

6. O mais forte impulso do homem
"O mais forte impulso do homem impele-o a buscar sua própria felicidade, e a Bíblia reconhece este desejo e nos mostra que todo o Céu se unirá ao homem em seus empenhos de alcançar a verdadeira felicidade. Ela revela a condição sob a qual a paz de Cristo é concedida ao homem. Descreve um lar de eterna felicidade e esplendor, onde jamais se conhecerão lágrimas ou necessidade." (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, p. 160)

7. O cristão desfruta a real felicidade
"Se há alguém que devia ser continuamente agradecido, é o seguidor de Cristo. Se há alguém que frua felicidade real, mesmo nesta vida, é o fiel cristão. Devemos ser o povo mais feliz da face da Terra, e não pedir perdão ao mundo por sermos cristãos." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 201)

8. Amigo que nunca falha
"Este é Jesus, a vida de toda graça, a vida de cada promessa, a vida de cada ordenança, a vida de cada bênção. Jesus é a realidade, a glória e fragrância, a própria vida. Na verdade, solitária e penosa seria nossa peregrinação se não fosse Jesus. Juntemos, pois, todas as promessas registradas. Repitamo-las dia a dia e nelas meditemos na calada da noite, e sejamos felizes." (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 244)

9. A felicidade, não seguindo a própria vontade
"Jesus quer que sejais felizes, mas não o podeis ser seguindo a própria vontade e os impulsos do próprio coração." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 29)

10. A felicidade egoísta é mal-equilibrada
"A felicidade que se busca por motivos egoístas, fora do caminho do dever, é volúvel, caprichosa e transitória; dissipa-se, deixando n'alma uma sensação de isolamento e pesar; no serviço de Deus, porém, há satisfação e alegria." (Caminho a Cristo, p. 124)

11. O coração em paz com Deus
"No alicerce da ruína de muitos lares reside a paixão da ostentação. Homens e mulheres planejam e tramam para conseguir meios para darem aos outros a impressão de serem mais ricos do que os vizinhos. Mas embora possam ter êxito em sua luta desesperada, não são na verdade felizes. A verdadeira felicidade provém de um coração em paz com Deus." (Manuscrito 99, 1902)

12. O amor traz felicidade
"De um ponto de vista humano, o dinheiro é poder; mas do ponto de vista cristão, o amor é que é poder. A abastança é muitas vezes uma influência corruptora e destruidora; a força é forte em ferir; mas a verdade e a bondade são qualidades do amor puro." (Testimonies, vol. 4, p. 138)

13. A regra áurea da felicidade
"'Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós.' (Mateus 7:12). O Salvador ensinou este princípio para tornar feliz a humanidade, e não infeliz; pois de nenhum outro modo pode vir a felicidade. Deus deseja que homens e mulheres vivam a vida mais elevada." (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, p. 165)

14. Felicidade em fazer
"Unicamente os que experimentaram a felicidade resultante do abnegado esforço no serviço de Cristo podem falar do assunto com a devida compreensão. É na verdade tão pura a alegria, tão profunda, que a linguagem não a pode exprimir." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 184)

15. Nossa felicidade: a felicidade dos outros
"Apropriados deveres são designados pelo Céu a cada membro da igreja na Terra, e todos devem buscar sua felicidade na felicidade daqueles a quem ajudam e beneficiam." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 162)

16. Beneficia o organismo todo
"Se a mente é livre e feliz, por uma certeza de fazer o bem e um senso de satisfação por causar felicidade a outros, isto causa uma alegria que reagirá sobre todo o organismo, promovendo uma circulação mais livre do sangue e um avivamento de todo o corpo." (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, p. 150)

17. A felicidade ao alcance
"O mundo está cheio de espíritos insatisfeitos, que passam por alto a felicidade e as bênçãos que se acham ao seu alcance, e estão continuamente buscando a felicidade e satisfação que não possuem. Estão constantemente lutando por algum bem esperado futuramente, maior do que o que possuem, e estão sempre num estado de decepção." (Testimonies, vol. 2, p. 640)

18. Saúde e longevidade
"O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma." (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, p. 150)

19. Deus remove empecilhos à felicidade
"Deus busca nossa verdadeira felicidade. Se qualquer coisa se acha no caminho dela, Ele vê que isto precisa primeiro ser removido. O pecado é a causa de todos os nossos infortúnios. Se quisermos ter verdadeira paz de espírito e felicidade, o pecado precisa ser removido." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 81)

20. Felicidade crescente, através da eternidade
"Quando por meio de Jesus, entramos no repouso, o Céu começa aqui. Atendemos-Lhe ao convite: Vinde, aprendei de Mim; e assim fazendo começamos a vida eterna. O Céu é um incessante aproximar-se de Deus por intermédio de Cristo. Quanto mais tempo estivermos no Céu da bem-aventurança, tanto mais e sempre mais de glória nos será manifestado; e quanto mais conhecermos a Deus, tanto mais intensa será nossa felicidade." (O Desejado de Todas as Nações, p. 331)

segunda-feira, 19 de março de 2018

Amor verdadeiro ou paixão cega?

"O amor... não é irrazoável; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é coisa totalmente diversa." (Ellen G. White - Review and Herald, 25 de setembro de 1888)

“Como posso saber se estou realmente amando?”, perguntou um leitor ao colunista de um jornal. E a resposta foi: “Se precisa perguntar, então não está amando.” A inadequação da resposta é aterradora, ainda assim muitos continuam pensando que quando o amor os acertar, ele será percebido! Na verdade, a coisa não é bem assim.

Estudos mostram que a maioria das pessoas tende a considerar os relacionamentos passados como paixões e o atual como amor verdadeiro. Outra pesquisa descobriu que a média das experiências de pessoas que vivem paixões é de seis a sete vezes, ao passo que as do amor verdadeiro é de uma a duas vezes. Você pode ter vivenciado muitos romances, mas o ponto é: Como pode afirmar se seu amor é verdadeiro ou apenas uma paixão efêmera?

Amor e paixão possuem sintomas similares
Amor e paixão possuem algo em comum – sentimentos fortes de afeição por alguém – o que complica a questão de perceber as diferenças, porquanto muitos dos sintomas se sobrepõem uns aos outros. A maioria das paixões arrebatadas e cegas pode conter uma porção de amor verdadeiro e o amor verdadeiro pode incluir muitos dos sintomas encontrados na paixão. Então, as diferenças entre amor e paixão são frequentemente verificadas em grau, mais do que em definição. Portanto, devem-se examinar todas as evidências com extrema cautela.

Amor e paixão compartilham três sintomas: atração sexual, desejo de estar próximo e emoções fortes.

1. Atração sexual. A atração sexual pode estar presente sem o amor verdadeiro. É inteiramente possível, particularmente para o homem, ter um forte desejo sexual por uma mulher que ele antes não conhecia. Abraçar e acariciar aumenta a urgência dos sentimentos eróticos até que o sexo domine a relação. A paixão, por si só, não é indicação de amor verdadeiro. A atração sexual pode ser tão importante na paixão quanto no amor verdadeiro, e às vezes pode ser até dominante. O amor deve estar baseado em mais do que atração sexual ou paixão cega.

Além disso, ninguém pode manter uma paixão por muito tempo e com tamanha intensidade, mesmo que jurem fazê-lo. Se todos os casais vão à procura de paixão, o relacionamento possivelmente terminará em poucos meses. Se um casal pretende chegar ao matrimônio baseando-se no ímpeto inicial da atração sexual, aprenderá que quando a paixão acabar, nada haverá que os mantenha unidos.
"O amor que não se baseia senão em mera satisfação sensual, será obstinado, cego, incontrolável. A honra, a verdade, toda nobre e elevada faculdade do espírito são levadas cativas das paixões. O homem preso nas cadeias dessa insensatez fica muitas vezes surdo à voz da razão e da consciência; nem argumentos nem súplicas o podem levar a ver a loucura de sua conduta." (Signs of the Times, 1º de julho de 1903)
2. Desejo de proximidade. O desejo de proximidade pode tornar-se imprescindível tanto na paixão como no amor verdadeiro. Você pode desejar estar junto à pessoa amada o tempo todo, temendo o momento em que se apartará dela. Você pode sentir-se vazio e sozinho quando seu(sua) amado(a) não está com você, mas isso não é necessariamente uma indicação de amor verdadeiro. O desejo de estar próximo pode ser tão forte na paixão quanto no amor verdadeiro.
"O amor verdadeiro não é uma paixão forte, ardente, impetuosa. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das coisas meramente exteriores, sendo atraído unicamente pelas qualidades. É sábio e apto a discriminar, e sua dedicação é real e permanente." (Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 208)
3. Emoções fortes. As pesquisas confirmam que experimentamos diferentes sintomas físicos no princípio da paixão. Sensações como caminhar nas nuvens quando tudo vai bem e sentir-se doente quando tudo vai mal; arrepios subindo e descendo pela coluna vertebral, incapacidade de concentração, dores no estômago ou dificuldade de comer, são sintomas muito comuns, mas as emoções fortes ocorrem tão frequentemente na paixão quanto no amor verdadeiro, embora sentimentos inexplicáveis e emoções fortes indiquem mais a paixão. O amor verdadeiro abriga mais que uma mistura de sentimentos inexplicáveis, e se mantém após a diminuição das emoções fortes.
"O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado." (Patriarcas e Profetas, p. 176)
Se você está sozinho(a), entediado(a) ou tentando superar o rompimento de um romance, mostra-se mais vulnerável a interpretar um novo romance como amor verdadeiro, ainda que esse seja pouco mais que paixão. Se você é inseguro(a) ou possui baixa auto-estima, deve ficar alerta. Pessoas maduras, bem como aquelas que possuem elevada auto-estima, podem ser enganadas por uma paixão, mas têm mais chances de reconhecer a diferença entre o amor verdadeiro e a paixão.
"É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro, não são irrazoáveis nem cegos." (A Ciência do Bom Viver, p. 358 e 359)
Não fique com a impressão de que a paixão seja de todo ruim. Pode ser uma agradável e divertida experiência se reconhecê-la como tal – um curto interlúdio de uma fantasia romântica. Dando-se tempo suficiente, ela irá passar ou se desenvolverá num relacionamento verdadeiro que envolverá mais que um ímpeto de emoções. Lembre-se de que alguns relacionamentos que começam como paixão, desenvolvem-se em amor verdadeiro com o passar do tempo, enquanto são postos à prova.

O amor verdadeiro difere da paixão na medida em que provê tempo e espaço para reconhecer as boas qualidades bem como as falhas do amigo(a) especial. Comprometer-se com, ter relações sexuais com, viver com, ou casar-se com alguém baseado nesses sentimentos precoces, é pura tolice e irá resultar em consequências previsíveis e negativas.
"O amor é a paixão que aprendeu a conversar com os olhos. O amor é a paixão que nos torna mais sensível para todo o resto. O amor nos ensina que é possível rir, chorar e rir de novo, tudo num mesmo encontro. O amor nos faz melhores, mais disponíveis para o afeto universal. E… se estar apaixonado é bom, amar é o nirvana. Se a paixão é deliciosa, amar é uma experiência gastronômica na Tailândia. Se a paixão é explosiva, o amor é ser invadido por um exército de anjos de luz. Se a paixão é transformadora, o amor é a revelação da nossa versão mais essencial e intensa. O amor não exaure. O amor restaura. E… 'por ser amor, invade e fim!'." (Ana Macarini - Psicopedagoga)
Com informações de Novo Tempo / Conti Outra e citações de Ellen G. White

O que Ellen White fala sobre outros mundos e seus habitantes?

Outros mundos já existiam antes da rebelião de Satanás
"Satanás era grandemente amado pelos seres celestiais, era forte sua influência sobre eles. Alguma atitude deveria ser tomada para afastá-lo da simpatia dos seres celestiais. O governo de Deus incluía não somente os habitantes do Céu, mas de todos os mundos que Ele havia criado; e Satanás pensou que se ele pôde levar consigo os anjos do Céu à rebelião, poderia também levar os outros mundos." (RH, 9 de março de 1886)

"Os habitantes do Céu e dos mundos, despreparados para compreender a natureza ou consequência do pecado, não poderiam ver a justiça de Deus na destruição de Satanás." (PP, p. 42 - Ver também GC, p. 499)

A controvérsia não seria levada a outros mundos
"A controvérsia não deveria se espalhar a outros mundos do universo, mas ela deveria prosseguir no próprio mundo, na mesma esfera que Satanás reivindicava como sua." (RH, 9 de março de 1886)

“A morte de Cristo terminou para sempre todo o polêmica nos mundos não caídos, acerca dos princípios de ação de Satanás, seus métodos desonestos e mentirosos. Satanás nunca mais poderia encontrar a menor simpatia entre eles. Seu poder e domínio, que haviam desafiado a Lei de Jeová, teriam fim, e a paz reinaria no céu eternamente” (YI, 5 de agosto de 1897)

Moral livre dos habitantes dos outros mundos
"O homem foi criado como um ser moral livre como os habitantes de todos os outros mundos, devendo estar sujeito às mesmas provas da obediência." (PP, pp. 331-332)

Mundos obedientes às leis de Deus
“Deus tem mundos inumeráveis que são obedientes a Suas leis, e que se conduzem de acordo com Sua glória.” (The Faith I Live By, p. 61)

Seres não caídos assistem à controvérsia neste Mundo
"Cada olho no universo não caído está voltado para aqueles que manifestam ser seguidores de Cristo. Em nosso minúsculo mundo trava-se uma guerra intensa." (RH, 29 de setembro de 1891)

“O resultado da luta [entre Cristo e Satanás] teve uma implicação no futuro de todos os mundos, e cada passo que tomou Cristo na senda da humilhação foi observado por eles com o mais profundo interesse” (Advent Review and Sabbath Herald, março de 1901) 

Deus criou o plano de salvação para beneficio de todos os mundos
"Antes da criação do mundo determinou-se, conforme relato de Deus, que o homem deveria ser criado e dotado de poder para fazer a vontade divina. A queda do homem, com todas as suas consequências, não foi desconsiderada pela Onipotência e o plano da redenção foi um pensamento anterior, formulado antes da queda de Adão, com um propósito eterno, foi elaborado para remir pela graça, não apenas este mundo minúsculo, mas para o bem de todos os mundos que Deus criou." (ST, 13 de fevereiro de 1893)

Milhões de mundos são habitados
"Se todos os habitantes deste pequeno mundo recusassem obediência a Deus, Ele não seria deixado sem glória. Num momento, Ele poderia varrer da face da Terra todo mortal e criar uma nova raça para povoá-la e glorificar Seu nome. Deus não depende do homem para ser honrado. Ele poderia ordenar às constelações lá dos céus, aos milhões de mundos do alto, que elevassem um cântico de honra e louvor, e glória ao Seu nome." (Santificação, p. 77)

A Terra é pequena comparada a outros mundos
"Quão agradecidos deveríamos ser, pelo fato de que, apesar desta Terra ser tão pequena em comparação aos mundos criados, Deus ainda nos observa. Eis que as nações são consideradas por Ele como um pingo que cai dum balde, e como um grão de pó na balança." (RH, 9 de março de 1886)

"Este mundo não é mais do que um pequenino átomo no vasto domínio sobre o qual Deus preside." (TM, p. 324)

"Ele carregou a cruz, suportou a vergonha e fez isso, tendo em vista os resultados do que Ele realizaria, em favor, não apenas dos habitantes deste pequeno mundo, mas do universo inteiro e de todos os mundos criados por Deus." (RH, 4 de setembro de 1900)

“[Deus] conta as estrelas, Ele que criou os mundos – entre os quais esta Terra é apenas um grão de pó, e quase não se notaria sua ausência dentre os numerosos mundos.” (In Heavenly Places, p. 40)

A diversidade no Universo forma um todo perfeito
"O universo contém uma grande obra prima de Sabedoria infinita nas incontáveis diversidades da grande obra de Deus, que com suas diferentes variedades, forma um todo perfeito." (YI, 19 de agosto de 1897)

O fim do trabalho criador de Deus
"Deus terminou Seu trabalho criativo, mas ainda exerce Seu poder para preservar os objetos de Sua criação." (ST, 20 de março de 1884)

Visão dada a Ellen White de outros mundos
“O Céu é um lugar agradável. Anseio ali estar, e contemplar meu amorável Jesus, que por mim deu Sua vida, e achar-me transformada a Sua imagem gloriosa. Oh! quem me dera possuir linguagem para exprimir as glórias do resplandecente mundo vindouro! Estou sedenta das águas vivas que alegram a cidade de nosso Deus. O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar fulgurante e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais formosos que os da Terra. A resposta foi: “Vivemos em estrita obediência aos mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da Terra.” Vi então duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado comer de uma. Então meu anjo assistente me disse: “Ninguém aqui provou da árvore proibida; se, porém, comessem, cairiam. Então fui levada a um mundo que tinha sete luas. Vi ali o bom e velho Enoque, que tinha sido trasladado. Em sua destra tinha uma palma resplendente, e em cada folha estava escrito: “Vitória.” Pendia-lhe da cabeça uma grinalda branca, deslumbrante, com folhas, e no meio de cada folha estava escrito: “Pureza”, e em redor da grinalda havia pedras de várias cores que resplandeciam mais do que as estrelas, e lançavam um reflexo sobre as letras, aumentando-lhes o volume. Na parte posterior da cabeça havia um arco em que rematava a grinalda, e nele estava escrito: “Santidade.” Sobre a grinalda havia uma linda coroa que brilhava mais do que o Sol. Perguntei-lhe se este era o lugar para onde fora transportado da Terra. Ele disse: “Não é; minha morada é na cidade, e eu vim visitar este lugar.” Ele percorria o lugar como se realmente estivesse em sua casa. Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: “Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus.” (PE, pp. 39 e 40)

Nota: O lado mais bonito disso tudo é saber que a ovelha perdida da parábola de Mateus 18:12 também pode representar nosso mundo perdido. Se Deus foi capaz de deixar tudo para vir morrer neste que é um dos menores planetas, um “grão de pó”, isso deixa claro o quanto Ele nos ama.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Ellen G. White e a violência nos últimos dias

Há mais de um século, a escritora Ellen G. White parece ter assistido aos noticiários de nossos dias:

"Vivemos em meio de uma epidemia de crime, diante da qual ficam estupefatos os homens pensantes e tementes a Deus em toda parte. A corrupção que predomina está além da descrição da pena humana. Cada dia traz novas revelações de conflitos políticos, de subornos e fraudes. Cada dia traz seu doloroso registro de violência e ilegalidade, de indiferença aos sofrimentos do próximo, de brutal e diabólica destruição de vidas humanas. Cada dia testifica do aumento da loucura, do assassínio, do suicídio. Quem pode duvidar que instrumentos satânicos se achem em operação entre os homens, numa atividade crescente, para perturbar e corromper a mente, contaminar e destruir o corpo?" (A Ciência do Bom Viver, p. 142)

"Mais e mais claro está se tornando que os habitantes do mundo não estão em harmonia com Deus. Nenhuma teoria científica pode explicar a firme marcha de obreiros iníquos sob o comando de Satanás. Em toda multidão, anjos ímpios estão em operação, instando homens a cometer atos de violência. A perversidade e crueldade dos homens alcançarão tal atitude que Deus Se revelará em Sua majestade. Muito em breve a impiedade do mundo terá atingido seu limite e, como nos dias de Noé, Deus derramará os Seus juízos." (Olhando Para o Alto, Meditações Matinais, 1983, p. 328) 

"Foi-me mostrado que o Espírito do Senhor está-Se retirando da Terra. O poder mantenedor de Deus logo será recusado a todos os que continuam desrespeitando os Seus mandamentos. Os relatos de transações fraudulentas, homicídios e crimes de toda a espécie chegam até nós diariamente. A iniquidade está-se tornando uma coisa tão comum que não ofende mais as suscetibilidades como em tempos passados." (Carta 258, 1907)

"Em todo o mundo, as cidades estão se tornando viveiros de vícios. Por toda parte se vê e ouve o que é mau, e encontram-se estimulantes à sensualidade e ao desregramento. Avoluma-se incessantemente a onda da corrupção e do crime. Cada dia oferece um registro de violência: roubos, assassínios, suicídios e crimes inomináveis." (A Ciência do Bom Viver, p. 363)

“O espírito de anarquia está invadindo todas as nações, e as explosões sociais que de tempos em tempos provocam horror ao mundo não são senão indicações dos fogos contidos das paixões e ilegalidades, os quais, havendo escapado à sujeição, encherão a Terra com miséria e ruína. O quadro que a Inspiração nos deu do mundo antediluviano representa mui verdadeiramente a condição a que rapidamente a sociedade moderna caminha. Mesmo agora, no século presente, e nos países que professam ser cristãos, cometem-se crimes diariamente, tão negros e terríveis como aqueles pelos quais os pecadores do velho mundo foram destruídos." (Serviço Cristão, p. 54)

“As condições do mundo mostram que estão iminentes tempos angustiosos. Os jornais diários estão repletos de indícios de um terrível conflito em futuro próximo. Roubos ousados são ocorrência frequente. As greves são comuns. Cometem-se por toda parte furtos e assassínios. Homens possuídos de demônios tiram a vida a homens, mulheres e crianças. Os homens têm-se enchido de vícios, e campeia por toda parte toda espécie de mal.” (Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 280)

"O Senhor está retirando da Terra Suas restrições e breve haverá morte e destruição, crescente criminalidade, e cruéis e maus intentos contra os ricos, os quais se exaltaram contra os pobres. Os que estão sem a proteção de Deus não encontrarão segurança em lugar nenhum nem em posição alguma. Os agentes humanos estão-se preparando e usando sua faculdade inventiva para fazer funcionar o mais poderoso aparelhamento para ferir e matar." (Testimonies, vol. 8, p. 50, 1904)

"Os terríveis relatos que ouvimos de homicídios e roubos, e atos de violência, declaram que o fim de todas as coisas está próximo. Agora, agora mesmo, precisamos estar nos preparando para a segunda vinda do Senhor." (Carta 308, 1907)

"Na grande obra de finalização, nos defrontaremos com perplexidades que não saberemos contornar, mas não nos esqueçamos de que as três grandes potestades do Céu estão atuando, que a divina mão está posta ao leme, e Deus fará cumprir os Seus desígnios." (Evangelismo, p. 65)

quinta-feira, 15 de março de 2018

Vamos falar sobre... Síndrome do Pensamento Acelerado

Tem dificuldade em relaxar a mente e acalmar os pensamentos? Está sempre em busca de estímulos, precisando de cada vez mais informações para satisfazer essa vontade? Esse pode ser não apenas um caso de uma pessoa agitada, mas a representação de sintomas da síndrome do pensamento acelerado.
“O excesso de informações satura o córtex cerebral, produzindo uma mente hiper pensante, agitada, com baixo nível de tolerância, impaciente e sem criatividade”.
Essa é uma condição moderna que tem origem com o ritmo alucinante das grandes cidades, com overdoses diárias de informações e obrigações que afetam a saúde emocional de uma boa quantidade de gente. Depressão, estresse, síndrome do pânico e nomofobia (medo de ficar sem celular) são outros exemplos de situações que ocorrem com muito mais frequência nas últimas décadas.

Especialistas dizem que a síndrome do pensamento acelerado não é uma doença, mas sim um sintoma vinculado a um quadro de transtorno de ansiedade. As pessoas mais vulneráveis geralmente são aquelas que são avaliadas constantemente por conta das suas obrigações profissionais, não podendo desligar um minuto sequer, caso contrário o trabalho é comprometido. Bons exemplos são executivos, jornalistas, escritores, publicitários, professores e profissionais da saúde.

As possíveis causas são, além dessa ansiedade devido à pressão profissional, o excesso de informações às quais somos submetidos durante o dia, condição considerada normal nos dias de hoje.

Sintomas
É comum entre quem tem a síndrome do pensamento acelerado ter a sensação de estar sendo esmagado pela rotina, com aquela impressão de que 24 horas são insuficientes para cumprir tudo o que você tem planejado para o dia. Há o sentimento persistente de apreensão, falta de memória, déficit de atenção, irritabilidade e sono alterado. O humor flutuante é outra característica bem comum.

O esgotamento mental da pessoa que não consegue desacelerar o seu pensamento normalmente se converte em cansaço físico também. Isso porque o córtex cerebral, a camada mais evoluída do cérebro, “rouba” energia que deveria ser utilizada em músculos e outros órgãos.

Tecnologia
Um componente que colabora muito para o aumento nos casos de síndrome do pensamento acelerado e para a piora no quadro é a tecnologia. Primeiro, com a popularização da televisão, há décadas, as crianças começaram a ter menos atenção na escola e os educadores mais dificuldade para influenciar o universo psíquico dos jovens.

Depois, vieram os computadores e videogames. Hoje, as redes sociais são um mundo que oferece um excesso de estímulos e informações, e passar uma noite inteira nelas, significa uma quantidade absurda de textos (lidos e escritos) e imagens passando pelo nosso cérebro em um tempo curto. Além disso, ser usuário de uma rede social colabora para a ansiedade – cria-se o costume de consultá-las o tempo todo para checar se há novas mensagens.

Tratamento
Se você fecha com tudo o que foi dito acima é provável que tenha a síndrome do pensamento acelerado. Nesse caso, é recomendável buscar a ajuda profissional de um especialista.

7 dicas para viver melhor:

1. Treine sua mente para admirar algo que o dinheiro não compra, como observar seu filho a desenhar ou pintar, abraçar mais, beijar mais, trocar experiências com os filhos, dar carinho a quem se ama.

2. Tenha mais contato com a natureza. Caminhe ao ar livre, admire as árvores e os animais, aprecie o silêncio e o vento no rosto…

3. Faça alguma atividade lúdica. Vale praticar um esporte, ler um livro e contar histórias.

4. Proteja a sua emoção. Não cobre demais os outros (seja marido, sejam filhos ou amigos) nem a si mesma, isso torna a vida angustiante. Não exija demais das pessoas. Ao contrário, elogie mais, aponte as características boas, os pontos fortes de quem está ao seu lado.

5. Aprenda a relaxar. Pare um momento do dia, esqueça tudo ao redor, respire fundo, solte o corpo e esvazie a mente.

6. Perdoe o outro e se auto perdoe.

7. Dê mais risada, não leve a vida tão a ferro e fogo. Sorria!

Fiquemos com mais duas importantes dicas de Ellen G. White:
"Embora preocupação e ansiedade não possam remediar um simples mal, podem produzir grande dano; por outro lado, alegria e esperança, ao mesmo tempo que iluminam o caminho de outros, 'são vida para os que as acham e saúde para o seu corpo' (Provérbios 4:22)." (O Lar Adventista, p. 431)
"Deus providenciou um bálsamo para cada ferida. Há um bálsamo em Gileade, há ali um médico. Por que não estudar agora, como nunca antes, as Escrituras? Busque do Senhor sabedoria em toda emergência. Em cada prova, suplique a Jesus que nos mostre um meio de saída de nossa dificuldade, e então nossos olhos se abrirão para vermos o remédio e aplicar ao nosso caso as curadoras promessas que foram registradas em Sua Palavra. Desse modo o inimigo não encontrará lugar para nos levar a lamentações e descrença, mas ao contrário, teremos fé, esperança e ânimo no Senhor. O Espírito Santo nos dará claro discernimento, para que possamos ver as bênçãos e apropriar-nos delas, as quais agirão como solução para a tristeza, como um elemento de cura para cada gole amargo que nos seja levado aos lábios. Cada traço de amargura será misturado com o amor de Jesus, e em vez de nos queixarmos de amargura, veremos que o amor e a graça de Jesus por tal forma se combinam com a tristeza que esta se transformará em alegria suave, santa e santificada." (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 273 e 274)
Com informações de Vivo mais Saudável, Medplan, Conti Outra

quarta-feira, 14 de março de 2018

Não queria dizer justamente o que eu disse...

"Ó Senhor, controla a minha boca e não me deixes falar o que não devo!" (Salmos 141:3)

No uso da linguagem não há, talvez, nenhum erro que os adultos e jovens estejam mais dispostos a passar por alto em si mesmos do que as palavras precipitadas, impacientes. Julgam que é desculpa suficiente alegar: “Eu fui apanhado de surpresa, e não queria dizer justamente o que eu disse”. Mas a Palavra de Deus não trata o caso levianamente. 

A maior parte dos incômodos da vida, suas mágoas, suas irritações, devem-se ao temperamento não dominado. Num momento, por palavras precipitadas, apaixonadas, descuidosas, pode ser operado um mal que o arrependimento de uma vida inteira não pode desfazer. Oh! quantos corações partidos, quantos amigos separados, quantas vidas fragmentadas pelas palavras ásperas e precipitadas dos que lhes poderiam ter trazido auxílio e cura! Com sua própria força não pode o homem dominar o seu espírito. Mas por Cristo poderá conseguir o domínio próprio. 

Firmeza uniforme e controle desapaixonado são necessários na disciplina de toda a família. Nunca deixeis que haja sobrancelhas carregadas em vossa fronte, ou que uma palavra áspera vos escape dos lábios. Deus escreve todas essas palavras em Seu livro de memórias. (Ellen G. White - Minha Consagração Hoje, p. 81)

Segue abaixo mais 10 lembretes bíblicos sobre como domar a língua:

1 – Escolha as palavras com muito cuidado
“Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem" (Efésios 4:29).

2 – Palavras brandas têm mais poder que palavras ríspidas
“… a língua branda quebra até os ossos” (Provérbios 25:15).

3 – Pense antes de falar
“O justo pensa bem antes de responder, mas a boca dos ímpios jorra o mal” (Provérbios 15:28).

4 – Não fale muito
“Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato” (Provérbios 10:19).

5 – As palavras podem causar tropeços
“Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o corpo” (Tiago 3:2).

6 – Palavras agradáveis são estimulantes 
“As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos” (Provérbios 16:24).

7 – As palavras podem causar grande destruição
“… a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha” (Tiago 3:5).

8 – Se quiser ter uma vida agradável, tome cuidado com suas palavras
“Quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade” (I Pedro 3:10).

9 – As palavras podem ter sido sugeridas pelo inimigo
“Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno” (Tiago 3:6).

10 – Palavras ríspidas são mais prejudiciais a você mesmo
“Por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados” (Mateus 12:37).