sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Neste sábado não vou ao culto


“Neste sábado não vou ao culto.”

“É tudo sempre igual. As pessoas fazem sempre as mesmas coisas, cantam sempre as mesmas músicas, repetem os mesmos ritos e oram pelos mesmos problemas. Quando é que vai acontecer alguma coisa realmente empolgante? Quando é que vamos sentir aquela presença tão real do Espírito Santo que fará os pelos do meu corpo arrepiarem de tanta unção?”
“Não desrespeitem o sagrado. Gracejos e tolices não agradam a Deus. Não reduzam os santos mistérios a frases de efeito. Na tentativa de sobressair e de agradar, você pode usar esses subterfúgios, mas estará abrindo a porta para o sacrilégio.” (Mateus 7:6 – versão A mensagem)
“Neste sábado não vou ao culto.”

“Tenho acompanhado pela TV e pela internet verdadeiros homens de Deus que fazem o negócio acontecer de verdade, que são reconhecidos pelo povo e visivelmente estão do lado certo da coisa toda, porque quando eles oram o “negócio acontece”. Além do mais, eles são estudados, falam com propriedade, o pastor da minha igreja não ensina sobre como devo me erguer e declarar a vitória diante das minhas dificuldades. Acho que ele nem busca o poder de Deus. Nem sobe o monte pra orar pedindo ousadia e intrepidez.”
“A Mensagem que aponta para Cristo na cruz parece tolice para os que caminham para a destruição, mas para quem está no caminho da salvação faz todo sentido. Está escrito: Destruirei a sabedoria dominante. Mostrarei que quem se acha sábio é louco. (…) Enquanto os judeus buscam milagres e os gregos correm atrás de sabedoria filosófica, nós prosseguimos anunciando Cristo, o Crucificado. Os judeus o consideram uma pedra de tropeço, e os gregos, um absurdo. Mas para nós, judeus e gregos, pessoalmente chamados por Deus, Cristo é o milagre e a sabedoria absolutos reunidos numa única pessoa. A sabedoria humana é quase nada, comparada com o aparente absurdo de Deus. Toda a força humana, nem sonhando, pode competir com a 'fraqueza' de Deus." (I Coríntios 1:18; 22-25 versão A mensagem)
“Neste sábado não vou ao culto.”

“Tenho sido mais abençoado em outros lugares, prefiro me reunir com os amigos que eu realmente gosto e que gostam de mim, do que ter que ficar junto daqueles que eu não consigo nem olhar na cara e que sei que também não “vão” muito com a minha. Afinal, Deus não gosta de falsidade, estou obedecendo a Deus e sendo coerente com a minha antipatia. Como vou ser abençoado se o rancor do outro não me deixa em paz?”
“Não bombardeiem de críticas as pessoas quando elas cometem um erro, a menos que queiram receber o mesmo tratamento. O espírito crítico é como um bumerangue. É fácil ver uma mancha no rosto do próximo e esquecer-se do feio riso de escárnio no próprio rosto. Vocês têm o cinismo de dizer: “Deixe-me limpar o seu rosto‟, quando o rosto de vocês está distorcido pelo desprezo? Isso também é teatro, é fazer o jogo do sou mais santo que você‟, em vez de simplesmente viver a vida. Tire o cinismo do rosto e, então, você poderá oferecer uma toalha ao seu próximo, para que ele também limpe o rosto.” (Mateus 7:1-5 – versão A mensagem)
“Não adianta, neste sábado não vou ao culto.”

“Estou cansado demais para isso. Trabalhei a semana toda, fiz mil atividades dentro e fora de casa, me estressei demais no trabalho, preciso ir a algum lugar pra aliviar a mente e a alma. Aliás, preciso descobrir um jeito de eliminar minhas tensões, alguma coisa que não precise envolver mais ninguém, porque afinal de contas, ninguém tem nada a ver com a minha vida.”
“Reunindo uma multidão e seus discípulos, Jesus disse: “Quem quiser seguir-me tem de aceitar minha liderança. Quem está na garupa não pega na rédea. Eu estou no comando. Não fujam do sofrimento. Abracem-no. Sigam-me, e mostrarei a vocês como agir. Autoajuda não é ajuda. O autossacrifício é o caminho — o meu caminho — para ser realmente salvo. Qual é a vantagem de conquistar tudo que se deseja e perder a si mesmo? O que vocês teriam para dar em troca da própria alma?” (Marcos 8:34-37 – versão A mensagem)
Caros e amados!

Enquanto a cruz não passar de ser somente um símbolo histórico do passado, Jesus será resumido apenas em um bom exemplo de grande homem a ser lembrado. Porém quando ela (cruz) se tornar uma realidade no dia-a-dia daqueles que se dizem cristãos, a Vida do Cristo que está vivo, se manifestará em nós e moldará nosso caráter, aperfeiçoando nossas atitudes e entendimento, inclusive com a permissão das aflições e adversidades, frutos de nossa própria e responsável jornada, pra que reconheçamos onde mora a nossa esperança e repousa a nossa fé.

O culto é apenas a manifestação do Corpo de Cristo, aqueles que nasceram de novo (João 3), na direção do Rei que governa sobre os seus corações, decisões e atitudes. Culto é, na essência, para Deus, não para nós. Claro que somos abençoados, mas o nosso coração deve sempre dizer: “O que tenho pra te oferecer Senhor, sou eu mesmo, com minhas falhas e limitações, minhas “ranhetices”, minhas indignações, mas junto com a Igreja, quero glorificar o Nome sobre todo nome de Jesus e deixar que no seu seio eu seja transformado.”

Culto é para Deus, mas a nossa “teomania” insiste em dizer que ele é para nós, afinal, nos achamos “deus” de nós mesmos e não adianta dizermos que não, nossas atitudes demonstram isto.

Que o culto deixe de ser um local de auto-satisfação para se transformar em um lugar de celebração da Vida de Cristo recebida gratuitamente em nós, onde a liberdade se manifesta na multiforme sabedoria de Deus através dos Seus, a Sua Igreja. (Efésios 3:8-11)

Não sejamos egoístas, vamos ao culto para oferecer e não apenas para “receber.”

Que tudo o que temos e somos seja para Ele e que Ele seja sempre o nosso tudo.

Em nome de Jesus.

Amém!

Adaptação de texto de Rodrigo Baía (via Minha Vida Cristã)

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