quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A verdade por trás do peru de Natal

Este ano, no Reino Unido, cerca de 16 milhões de perus serão mortos no período de Natal. Nas unidades maiores, há de 10.000 a 15.000 aves por cercado. A maioria dos perus é criada de forma intensiva em empresas-fazendas. Esses perus são engordados em criadouros sem paredes ou em gaiolas para frangos em abrigos sem janelas e mal iluminados. Usa-se luz baixa para tentar reduzir a agressividade das aves umas com as outras. Os perus adultos têm pouco mais espaço que uma galinha criada em gaiola. 

A criação intensiva também provoca doenças. Doenças do quadril, ferimentos nos joelhos, úlceras nos pés e bolhas no peito são comuns. A taxa de mortalidade de perus é estimada em 7%, ou seja, cerca de 2,5 milhões de aves por ano. Muitos desses são animais mais jovens que morrem de fome por não encontrar os cochos de comida e água. 

Usam-se métodos de criação seletiva para acelerar a taxa de crescimento e maximizar a massa corporal. Como resultado, muitos perus adultos simplesmente não conseguem aguentar o peso antinatural do próprio corpo. Isso pode levar a infecções das articulações da perna e do joelho e prostração generalizada. 

Os perus são levados para o matadouro em caixotes apinhados. A expectativa de vida natural de um peru é de cerca de 10 anos. Os perus das fazendas são mortos ao completarem de 12 a 26 semanas, dependendo do tamanho da ave produzida. 

Os perus em condições de superpopulação tendem à agressividade e muitas vezes atacam-se entre si. Isso causa mutilações, tais como olhos e dedos perdidos. Como resultado, mais de 20% dos perus têm o bico arrancado para reduzir os ferimentos. A extração do bico consiste no corte de um terço do bico da ave com uma lâmina em brasa. Estudos feitos com galinhas que tiveram o bico cortado mostraram que a dor é prolongada e talvez permanente. Mesmo depois do corte do bico os perus ainda se atacam, causando ferimentos, infecções e até cegueira. 

No matadouro, os perus são retirados dos caixotes e pendurados de cabeça para baixo em ganchos de uma linha de montagem. Os perus, que pesam até 28 kg, são suspensos pelos pés durante uns seis minutos e depois atordoados com um banho de água eletrificada. Após o atordoamento corta-se a garganta das aves, que então são mergulhadas num tanque de água fervente que solta as penas e as prepara para serem depenadas. Pesquisas revelaram que a cada ano cerca de 35.000 perus vão para a água fervente ainda vivos. 

Feliz Natal e boa vontade para com todos os perus. 

Fonte: SocVegUK

Nota: "Pensem na crueldade que o regime cárneo envolve para com os animais, e seus efeitos sobre os que a infligem e nos que a observam. Como isso destrói a ternura com que devemos considerar as criaturas de Deus". Ellen G. White, CSRA, pág. 383

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