quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Americano sem mãos e pés vai escalar Kilimanjaro


Um americano que nasceu sem mãos e pés está planejando escalar o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, sem o auxílio de próteses. Kyle Maynard, de 25 anos, tem uma doença chamada amputação congênita, em que os bebês nascem com braços e pernas mais curtos.

Apesar da deficiência, ele fez carreira como atleta de luta greco-romana e artes marciais, palestrante e escritor.

Em janeiro, ele pretende escalar ao longo de 16 dias os 5.895 metros do monte Kilimanjaro, o quarto maior 
dos sete grandes picos – o conjunto das maiores montanhas em cada um dos continentes.

Caso seja bem-sucedido, ele será a primeira pessoa com amputação quádrupla a conquistar o topo do Kilimanjaro sem ajuda de outras pessoas.

Com braços e pernas curtas, Kyle será praticamente obrigado a engatinhar até o cume do monte.

Ao longo do ano, o americano testou diversos equipamentos – todos rudimentares e improvisados, como pedaços de pneus de bicicleta nas pontas dos braços e pernas, mangas reforçadas nas camisetas, fitas adesivas e acolchoamentos especiais nas roupas.

O desafio é conseguir aumentar a aderência na escalada. Como treinamento para a missão no Kilimanjaro, Kyle passou o ano escalando montes nos Estados americanos do Colorado e da Geórgia.

Kyle estará acompanhado de outras nove pessoas, entre eles um cinegrafista, um guia e três militares veteranos que sofreram traumas físicos e psicológicos em guerras.

O grupo começou a arrecadar doações para a expedição e montou uma página na internet no endereço www.missionkilimanjaro.com.

“Ao unir ‘capazes’ e ‘deficientes’ tanto entre civis como veteranos militares na equipe de escalada, o motivo da Missão Kilimanjaro é mostrar aos nossos heróis na comunidade veterana e aos jovens com deficiências em todo o mundo que nenhum obstáculo é grande o suficiente para ser conquistado quando se tem um estilo de vida e uma mentalidade ativa e sem fronteiras”, afirma o site.

Um dos objetivos, segundo os organizadores da missão, é servir de inspiração a veteranos que passaram por grandes traumas em guerras e contemplam o suicídio após voltarem de suas missões.

“O Kilimanjaro será o teste mais difícil que já enfrentei”, disse Kyle Maynard em uma entrevista à TV nos Estados Unidos. ”Eu só quero mandar uma mensagem às pessoas: levante-se e faça algo. Em vez de ficar reclamando sobre as coisas que aconteceram conosco, é melhor perceber que há uma vida para se viver”, disse.



Fonte: UOL

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