segunda-feira, 30 de junho de 2014

Aluno de Colégio Adventista participa da maior feira científica do mundo


Ele possui apenas 16 anos, mas já participou da International Science and Engineering Fair (Intel ISEF) – a maior feira científica pré-universitária do gênero no mundo. O jovem cientista Eduardo Padilha Antônio é aluno do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp)campus São Paulo

Padilha foi um dos 17 estudantes brasileiros selecionados para participar da Intel ISEF que ocorreu de 11 a 16 de maio em Los Angeles, nos Estados Unidos. Lá, foram apresentados mais de 1,7 mil trabalhos de 70 países. Os jovens cientistas mostraram seus talentos e cientistas doutores revisaram e julgaram os trabalhos.

Padilha não foi premiado na Intel ISEF deste ano, mas viveu uma experiência única. “Foi incrível! Conheci pesquisadores de todo o mundo e fiz vários contatos importantes e, o melhor, vi trabalhos de estudantes como eu. Apresentei meu projeto em inglês para professores doutores de várias universidades americanas. Cresci muito com isso. A experiência abriu minha mente e me deu muitas novas ideias e motivação para continuar”, reafirma ele, que já se prepara para uma feira internacional que ocorre ainda este ano no Estado do Rio Grande do Sul.

Quando questionado sobre como se sente, ele diz que só tem a agradecer. “Quero fazer um agradecimento especial ao Laboratório de Reparo de DNA da USP, aos meus orientadores Veridiana Munford e Carlos Frederico Martins Menck e, claro, ao Unasp e ao professor Luciano Senti pela oportunidade e paciência que teve comigo no início do processo de iniciação científica. Esta oportunidade teve um papel fundamental e me ajudou muito para as conquistas”, conclui.

Leia a reportagem completa em Notícias Adventistas

Imagine ... se a internet não existisse


Ok! Não é nada fácil imaginar a vida sem os recursos e facilidades da web. [Segundo o Ibope Media, somos 105 milhões de internautas tupiniquins] Entre os jovens, ela é o principal meio de comunicação e entretenimento, seja para pesquisar, ver filmes ou simplesmente jogar conversa fora. As vantagens desse fenômeno você já sabe e experimentou, mas este texto quer fazer você pensar no outro lado da moeda.

Brincadeira de criança
“Com a internet, as possibilidades aumentaram!”, você pode pensar. Claro! Mas quantas delas ainda brincam de pega-pega e esconde-esconde? Com a popularização dos gadgets, toda uma geração trocou recreação presencial por diversão artificial. Os prejuízos para o desenvolvimento físico e social são inevitáveis. Mais sedentarismo, muitas horas em frente às telas e menos interação pessoal com meninos e meninas da mesma idade. 

Tour virtual
Se você nunca “andou” pelas ruas de Paris sem sair de casa, está perdendo tempo. Um dos projetos mais ambiciosos da era digital foi colocar o mundo todo na internet. Com poucos cliques e zooms, você pode visualizar o mapa de qualquer lugar do globo e até “passear” por alguns dos mais famosos cartões-postais do mundo. Algo impensável antes da web, época em que era preciso se contentar com algumas fotos, vídeos e relatos daqueles que já estiveram lá. Apesar do avanço tecnológico, nada supera a experiência real de visitar o Museu Britânico ou mergulhar no Taiti. 

Mais concentração
O escritor norte-americano Nicholas Carr argumenta que a internet está alterando o cérebro humano e, consequentemente, nosso comportamento. Vivemos em uma era de distrações. Já não é tão fácil realizar uma única atividade sem ceder à tentação de olhar o Facebook ou checar a caixa de e-mail. E isso não é tudo. O Google nos deixou mais preguiçosos. Quase não retemos informações, porque sabemos que elas estão a um clique. 

Face a face
A forma como nos relacionamos está mudando radicalmente. Com mais coisas para fazer em um menor espaço de tempo, a sociabilidade fica em segundo plano e, quando acontece, é mediada pela tecnologia. Vide o fenômeno das redes sociais. Resultado: estamos fisicamente mais distantes. Além disso, segundo Ciro Marcondes Filho, falamos muito e comunicamos pouco. A dependência de intermediários digitais nesse processo dá a ilusão de comunicação, mas isso não acontece em sua plenitude. 

O jornal nosso de cada dia
Até o fim do século passado, quem queria se manter informado precisava esperar pela próxima edição dos telejornais ou dos impressos. Agora, em poucos minutos, tudo está disponível online e de graça, na maioria dos casos. A informação já não é mais exclusividade dos jornalistas. Qualquer pessoa com conexão à web é capaz de “produzir” notícias. É o chamado jornalismo colaborativo. Se por um lado isso contribuiu para a democracia, por outro, enche a timeline e nossa cabeça, é claro, de informações inúteis, excessivas e que geram ansiedade e superficialidade.

A web não precisa ser demonizada, mas também não deve receber status de Deus. Ela não é onipresente (precisa estar em todos os lugares), onisciente (tem todas as respostas), e onipotente (oferece todas as possibilidades). Como qualquer tecnologia, a internet é uma extensão do homem. Expansão do que há de melhor e pior nele. 

Fontes: A dromocracia cibercultural, de Eugênio Trivinho (Paulus, 2007); A geração superficial, de Nicholas Carr (Agir, 2011); A vida digital, de Nicholas Negroponte (Companhia das Letras, 1995); Até que ponto, de fato, nos comunicamos?, de Ciro Marcondes Filho (Paulus, 2004); Ser jornalista, de Ciro Marcondes Filho (Paulus, 2009).

Com que personagem da Bíblia você se identifica?


Sempre que lemos a Bíblia, nos identificamos mais com certos personagens e assumimos uma postura de oposição a outros. Isso é natural e todos fazemos isso. Como conhecemos bem as histórias das Escrituras, já sabemos a forma como os relatos acabam e, por isso, criamos empatia com os heróis – em geral, nos colocamos no lugar dos grandes homens e mulheres de Deus. O que não notamos é que, se estivéssemos no lugar dos vilões, muitas vezes provavelmente agiríamos exatamente como eles. Se você consegue perceber esse fato, muita coisa muda na sua forma de ser, você cresce em humildade e, assim, se aproxima de Deus. Deixe-me dar alguns exemplos, para deixar mais claro o que estou dizendo.

Na parábola do bom samaritano (Lc 10) todos olhamos torto e falamos mal daqueles malvados sem coração que passaram pela estrada e não prestaram socorro ao pobre homem que estava largado à beira do caminho. Todos cremos que agiríamos exatamente como o samaritano, que parou, cuidou do ferido, doou seu tempo e seu dinheiro a ele. Jamais nos identificamos com o sacerdote e o levita que foram cuidar de sua vida e de seus próprios interesses e não deram atenção ao homem que jazia ali, necessitado de uma mão estendida. Bem, agora pensemos na vida real. Tente calcular quantas vezes você viu alguém literalmente caído na rua, dormindo sob uma marquise ou desabado de embriaguez e parou para ajudá-lo. Foram muitas? Agora faça as contas de quantas vezes viu gente nessas situações e simplesmente continuou em seu caminho, sem fazer absolutamente nada pelos tais. Ouso dizer que você deu as costas ao seu semelhante muitas, mas muitas vezes mais do que parou para prestar auxílio. Estou errado? Se estou, você é uma pessoa bem melhor do que eu, que deixei pessoas caídas à beira do caminho infinitamente mais vezes do que parei para ajudar. Isso sem falar naquelas que, metaforicamente, estão feridas e desesperadas por amparo e socorro e que fingimos não ver e largamos para lá. A realidade é que não somos muito diferentes daquele sacerdote e do levita.

Outro exemplo: no caso da mulher adúltera (Jo 8), sempre olhamos para os escribas e fariseus com olhar condenatório. Como podem aqueles legalistas desalmados não perdoar a pobre mulher? Mas… sejamos sinceros. Ponha-se naquele lugar, naquele contexto. Se você estivesse no meio da multidão, será que não teria uma pedra em sua mão? Será que não olharia para aquela pecadora e pensaria que ela merecia mesmo aquela punição? Qual de nós, se estivesse naquela situação, pensaria em dizer “nem eu te condeno, vá e não peques mais”? Ouso dizer que a grande maioria cumpriria a lei e quebraria alguns dos ossos dela com prazer. Afinal, é o que fazemos hoje também. Sejamos francos: não somos muito adeptos do perdão, em nossa vida diária cremos que condenações sumárias e apedrejamento dos “pecadores” é o que agrada a Deus. Em geral, quando sabemos que um irmão pecou, exigimos juízo acima de tudo e não nos lembramos muito da graça, da restauração. Na internet, então, o que mais se vê hoje em dia são cristãos que vivem jogando pedras para todos os lados, acusando, atacando, ofendendo, alfinetando, lançando indiretas, apedrejando. Basta olhar redes sociais, blogs, sites e streams de vídeo de cristãos para perceber que há multidões de irmãos em Cristo que passam os dias tacando pedregulhos virtuais – numa postura de pretensa superioridade espiritual, exatamente como aqueles escribas e fariseus. A realidade é que não somos muito diferentes daqueles homens.

Vamos além. Pense no rico e em Lázaro (Lc 16). Todos condenamos aquele rico desumano e louvamos o mendigo. Mas, na vida cotidiana, quem de nós deixa de lado nem que seja por um tempo o conforto e os bens para dar aos pobres e necessitados algo que vá além das migalhas que caem de nossa mesa? Seria muito atrevimento meu dizer que não somos tão mais generosos assim do que aquele homem rico?

Davi e Golias, então, nos oferecem uma reflexão peculiar. Nenhum de nós jamais se considera o filisteu da história. Vivemos dizendo coisas como “temos de derrotar os gigantes”, ou “Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” e em 100% das vezes nos pomos no lugar de Davi. Jamais no de Golias. Mas pense um pouco. Quantas vezes você foi o mais forte em uma situação e humilhou o mais fraco? Quantas vezes usou de sarcasmo na sua fala contra quem discorda de você? Quantas vezes abusou do poder de que dispõe para rebaixar os menores? Em nossa superioridade, muitos cristãos oprimem os mais fracos. A realidade é que não somos muito diferentes de Golias.

Marta sempre é criticada por sua postura no relato de Lucas 10. Mas já perdi a conta de quantas vezes preferi enveredar pelo ativismo em vez de priorizar a intimidade com Jesus. Na teoria, sempre nos vemos como Maria, mas, na prática, agimos em incontáveis situações como Marta. Optamos por trabalhar para Deus em detrimento de comungar com ele. A realidade é que não somos muito diferentes de Marta.

E poderíamos prosseguir indefinidamente. Sempre admiramos Abigail e criticamos Nabal, sem reparar a quantidade de vezes em que nos negamos a ajudar quem nos pede auxílio. Sempre cremos que nunca agiríamos como Pedro e Judas, mas traímos diariamente Jesus com nossas atitudes pecaminosas e escolhas equivocadas. Sempre condenamos Pilatos, mas lavamos as mãos numerosas vezes diante de situações em que poderíamos interferir mas permanecemos apáticos em benefício próprio. Sempre achamos que somos exatamente como Estevão mas na primeiro risco que corremos saímos correndo covardemente e deixamos os outros para lá, como fizeram os discípulos no Getsêmani.

A realidade é que agimos diariamente como os vilões da história.

Não há crescimento na fé ou vida com Cristo sem o reconhecimento deste fato: nós erramos. Somos transgressores, mentirosos, egoístas, sovinas, egocêntricos, medrosos, ativistas, maus. Nossa natureza nos afasta do ideal cristão. Agimos exatamente como Paulo – não como o grande apóstolo Paulo, mas o grande pecador Paulo -, que revela sua natureza falha numa das confissões mais lindas da Bíblia:
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (Rm 7.14-25).
Nosso valor vem de Cristo. É ele quem nos justifica, santifica, edifica. É somente por ele que somos mais que vencedores. Longe de Jesus somos perdedores da pior espécie. Sem ele nada podemos fazer. Peço a Deus que essa percepção nos conduza sempre aos pés do Senhor, em humildade e reconhecimento de que somos pó. Só o Cordeiro nos livra do merecido inferno. O céu é um presente gracioso de Pai para filho. Somos os vilões da história da humanidade, mas Cristo tem o poder de nos regenerar, amenizando nossa culpa e absolvendo-nos de nossa vilania.

Meu irmão, minha irmã, seja sempre amoroso e gracioso com seu próximo. Lembre-se de que você não é tão melhor assim do que ele. Pense que muitas e muitas vezes as suas atitudes são iguaizinhas às dos vilões da Bíblia. Se você reconhecer esse fato, Deus vai exaltá-lo, ampará-lo e lhe dar graça. E, no último dia, você ouvirá do Pai: “Muito bem, servo bom e fiel…” (Mt 25:21).

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

domingo, 29 de junho de 2014

Vaia ao Hino do Chile: a torcida brasileira que nos envergonha


O que leva uma pessoa a vaiar o hino de outro país enquanto ele é executado em um jogo de Copa do Mundo? Entendo que, em bando, os seres humanos não raro ficam mais idiotas. Isso é facilmente comprovável, por exemplo, por algumas torcidas organizadas que compensam suas frustrações cotidianas e reafirmam identidades de forma tosca através da violência.

Contudo, não são as torcidas organizadas que preenchem as arquibancadas dos estádios de futebol nestes jogos da seleção (aliás, se fossem, ao menos empurrariam o time o tempo inteiro ao invés de ficarem em silêncio, com cara de susto e medo, diante de momentos tensos), mas grupos com maior poder aquisitivo, dado o preço de boa parte dos ingressos.

Renda pode até estar diretamente relacionada à obtenção de escolaridade de melhor qualidade. Mas escolaridade definitivamente não está relacionada com educação. Ou respeito. Ou bom senso. Ou caráter.

E considerando que, provavelmente, muitos dos que vaiaram o hino do Chile quando executado à capela foram os mesmos que, minutos depois, estavam cantando “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor'', posso concluir que o sujeito é guiado pela aversão ao estrangeiro característica da xenofobia. Aversão potencializada e exposta pela covarde sensação de segurança por ser maioria e estar em casa.

Vaiar o hino do adversário não é uma brincadeira. Muito menos uma catarse coletiva, uma indignação contra a cantoria à capela do outro. Nem ajuda na partida. Pelo contrário, mostra para o mundo que está assistindo pela TV que nós, brasileiros, podemos ser tão preconceituosos quanto os preconceituosos que, não raro, nos destratam no exterior simplesmente por sermos brasileiros.

Aos vizinhos chilenos, portanto, peço que nos perdoem. Parte de nossos conterrâneos não sabe o que faz.

G1 destaca fé de adventistas durante jogo do Brasil no sábado

Clique aqui e leia a reportagem completa
A sucursal paraense do portal de notícias G1, das organizações Globo, publicou neste sábado, 28, uma reportagem que destaca as atividades desenvolvidas pelos adventistas durante as horas sabáticas. O objetivo era mostrar como os fiéis se manteriam firmes aos seus princípios diante da partida entre Brasil e Chile, que ocorreu no início desta tarde.

O texto traz o relato de três adventistas e sua visão sobre a importância do sábado como dia de repouso e separado para a comunhão com Deus. “Quem é seguidor se afasta, deixa os interesses pessoais de lado”, explica a engenheira naval Suzane Andrade. 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Conheça os 8 grupos menos evangelizados no Brasil


Deus chamou toda a Igreja para proclamar todo o Evangelho em todo o mundo. Há ainda mais de 2.000 povos no mundo sem o conhecimento do Evangelho, cerca de 3.000 línguas sem um verso bíblico em seu idioma e 2 bilhões de pessoas que não conhecem o Senhor Jesus.

No Brasil há oito segmentos reconhecidamente menos evangelizados, sendo sete socioculturais e um socioeconômico. 

1. Indígenas
Com 117 etnias sem presença missionária e sem o conhecimento do Evangelho 1. Estas etnias, com pouco ou nenhum conhecimento de Cristo, espalham-se por todo o Brasil com forte concentração no Norte e Nordeste 2

2. Ribeirinhos
Na bacia amazônica há 37.000 comunidades ribeirinhas 3 ao longo de centenas de rios e igarapés. As pesquisas mais recentes apontam a ausência de igrejas evangélicas em cerca de 10.000 dessas comunidades 4

3. Ciganos (sobretudo da etnia Calon)
Há cerca de 700.000 Ciganos Calon no Brasil 5 e apenas 1.000 se declaram crentes no Senhor Jesus. Os Ciganos espalham-se por todo o território nacional nas grandes e pequenas cidades, vivendo em comunidades nômades, seminômades ou sedentárias.

4. Sertanejos
Louvamos a Deus por tudo que tem ocorrido no Sertão nos últimos 10 anos – centenas de assentamentos sertanejos evangelizados e muitas igrejas plantadas. Há, porém, ainda 6.000 assentamentos sem a presença de uma igreja evangélica 6

5. Quilombolas
Formados por comunidades de afrodescendentes que se alojaram em áreas mais ou menos remotas nos últimos 200 anos. Há possivelmente 5.000 comunidades quilombolas no Brasil, sendo 3.524 oficialmente reconhecidas 7. Estima-se que 2.000 ainda permaneçam sem a presença de uma igreja evangélica 8

6. Imigrantes
Há mais de 100 países bem representados no Brasil por meio de imigrantes de longo prazo com uma população de quase 300.000 pessoas 9. Dentre esses, 27 são países onde não há plena liberdade para o envio missionário ou pregação do Evangelho. Ou seja, dificilmente conseguiríamos enviar missionários para diversos países que estão bem representados entre nós, sobretudo em São Paulo, Brasília, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro. 

7. Surdos, com limitações de comunicação 
Há mais de 9 milhões de pessoas nesta categoria em nosso país e menos de 1% se declara crente no Senhor Jesus 10. Há pouquíssimas ações missionárias especificamente direcionadas para os surdos em todo o território nacional.

8. Os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres
O oitavo segmento não é sociocultural como os demais, mas socioeconômico. Divide-se em dois extremos: os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres. As últimas pesquisas nacionais demonstram que a presença evangélica é expressiva nas escalas socioeconômicas que se encontram entre os dois pontos, porém sensivelmente menor nos extremos 11. Em alguns Estados brasileiros há três vezes menos evangélicos entre os mais ricos e os mais pobres do que nos demais segmentos socioeconômicos 12.

A Igreja de Cristo foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo onde estiver e por onde passar (Mt 28:19). Foi-lhe entregue também um critério de prioridade nas ações evangelizadoras: onde Cristo não foi anunciado (Rm 15:20). É, portanto, momento de orar pelo mundo sem Cristo, por a mão no arado e não olhar para trás.

Notas:
2. Há 32 etnias indígenas no Nordeste ainda sem presença missionária, segundo pesquisa da Aliança Evangélica Indígenas do Nordeste e AMTB
4. Projeto Fronteiras – pesquisa entre comunidades tradicionais da Amazônia – dados parciais 2014. Associação Evangélica Pró Ribeirinhos do Brasil
6. Missão JUVEP – Dados 2014. 
9. IBGE 2012: 268.201 imigrantes no Brasil. 
10. IBGE 2014

Fonte: Ultimato

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Quebrando o Silêncio - Luciano Huck se envolve em polêmica sobre turismo sexual


O apresentador Luciano Huck, da TV Globo, publicou em suas redes sociais nesta terça-feira, 24, a chamada a seguir, que foi interpretada por muitos de seus seguidores como um estímulo ao turismo sexual no Rio de Janeiro.

Huck postou o mesmo texto em seu Facebook e conseguiu mais de 22 mil curtidas e quase 3 mil compartilhamentos, segundo o Blog do Julio Hungria, antes de ser retirado do ar algumas horas depois. A grande crítica feita ao conteúdo dos posts é que ele vai na contramão dos esforços de governantes e organizações de direitos humanos, e Luciano Huck não parece preocupado em garantir o fim do turismo sexual no Brasil.


Um exemplo dessa postura que ignora esse tipo de ação pública se deu no caso da banana lançada no jogador Daniel Alves durante um jogo do Barcelona. Na ocasião, Huck aproveitou para ganhar dinheiro vendendo camisetas com a insígnia racista “#somostodosmacacos”.

Agora, não soa inocente o convite feito por ele às “solteiras”. Luciano Huck mais parece estar inaugurando um novo negócio como promotor público de turismo sexual.

Como resposta à pressão de movimentos sociais e de direitos humanos preocupados com a exploração do turismo sexual, especialmente no período da Copa do Mundo, a presidenta Dilma Rousseff usou seu perfil no Twitter para reafirmar que o Ministério do Turismo, a Secretaria de Política para as Mulheres e a Secretaria de Direitos Humanos estão firmes no combate à exploração sexual durante o evento.


Uma questão que surge é que, como a chamada foi veiculada em um de seus sites institucionais, é preciso avaliar o grau de responsabilidade que a Rede Globo tem sobre esse tipo de conteúdo. Até por se tratar de um de seus principais expoentes.

Apesar das manifestações e do dito “aperto” dos governos às ações de promoção ao turismo sexual, não faltam exemplos de provocações e chamarizes públicos aos visitantes que vão muito além dos gramados e dos craques de cuecas.


Espera-se que os governos e suas autoridades se manifestem e cobrem responsabilidades. A omissão neste caso reforça a ideia de mais um lamentável legado da Copa: a tolerância e a conivência ao turismo sexual e à violência contra as mulheres. (Carta Capital)

Turismo sexual é um tema que preocupa vários países e é motivo de alerta. Com a realização da copa do Mundo no Brasil, em 2014, aumenta o temor de que crianças e adolescentes se tornem vítimas fáceis de aproveitadores, inclusive de estrangeiros. Na maioria das vezes, as vítimas são meninas que pertencem a grupos mais vulneráveis e pobres.

Em entrevista à Revista Veja, a diretora-executiva da ONG sueca Childhood, Ana Maria Drummond, declarou que “O Brasil é um destino de turismo sexual e leva tempo para desconstruir o imaginário de que é um país sem regras, onde tudo pode. Das doze cidades-sede da Copa, cinco são campeãs de denúncia em violência sexual contra criança e adolescente.”

O papel da família na prevenção contra esse tipo de crime é essencial. “Uma família amorosa, cuidadosa e bem estruturada dificilmente terá problema de envolvimento de seus filhos com o turismo sexual. Os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos. Precisam analisar eventuais mudanças. O local em que as crianças e adolescentes devem estar é a escola. Os pais precisam propiciar aos filhos atividades extracurriculares, como artes, esportes e cultura.” disse Fabiana Rocha Paes, Promotora de Justiça do Estado de São Paulo, em entrevista para a Revista do projeto Quebrando o Silêncio.

As igrejas e comunidades religiosas também possuem um importante papel nesta luta. Isso porque neste meio religioso são fortalecidos valores e princípios que nos protegem e fortalecem a família contra crimes como este.

Para ler a entrevista completa com Fabiana Rocha Paes, Promotora de Justiça do Estado de São Paulo, clique aqui. (quebrandoosilencio.org)

Quem está frio: o louvor ou o cantor?


Ao assistir em todos os jogos da seleção brasileira como os jogadores e a torcida (incluindo alguns adventistas) cantam com tanto entusiasmo e força o hino nacional brasileiro, me fez lembrar de um artigo excelente do músico, maestro, professor, escritor e web-escriba adventista Joêzer Mendonça acerca de como anda a temperatura do louvor em nossas igrejas...

Quem está frio: o louvor ou o cantor?
Quantas vezes você já disse que os momentos de adoração musical na sua igreja têm uma temperatura que varia entre morno e frio? E quantas vezes você ouviu uma resposta rápida lhe dizendo que isso é “só falta de Jesus no coração do povo”?

De uma forma geral, a adoração precisa ser mais calorosa? Sim. O povo vai à igreja sem espírito de adoração? Também. Aliás, eleger a mornidão da adoração e da comunhão pessoal como únicas responsáveis, nos leva a um beco sem saída: a adoração é fria por causa do povo ou o povo é frio por causa da música?

Respondo: nem a rigidez do serviço de louvor, nem a frieza espiritual da congregação são “culpadas” isoladamente por essa situação. Mas a adoração pode estar sem vigor na sua igreja por causa da forma como o louvor está sendo conduzido.

Muitas vezes, as igrejas têm tentado tapar o sol da desorganização com a peneira do serviço de “cânticos”. E aí é um tal de “enquanto o culto não começa, vamos cantar o hino ...”. É verdade que, às vezes, há uma emergência: o pregador não chegou a tempo, contaram errado o número de cadeiras na plataforma, a porta que dá acesso emperrou... Mas se todo culto tem uma emergência, das duas, uma: ou acabam com a emergência ou a emergência acaba com o culto.

As músicas escolhidas para a adoração coletiva da congregação às vezes são inadequadas. Estou falando tanto de hinos quanto de canções modernas. Pense nisso com sinceridade: por que tantos hinos do hinário/harpa não entusiasmam mais uma boa parcela da congregação? Você acha mesmo que é falta de comunhão do povo? De outro lado, será que algumas canções contemporâneas não estão inibindo o louvor porque falam um idioma litúrgico diferente?

Não precisamos abolir o hinário das igrejas. Embora nós o tenhamos abolido das mãos, já que o telão anda cumprindo o papel de "karaokê sacro". Nossa época não é melhor do que outras épocas em nível de composição (se a nossa não for a pior).

No entanto, porque também não inserir junto com os tradicionais e belos hinos, uma música de um quarteto ou de um coral/grupo/solista? O regente pode levar um quarteto ou alguns solistas para cantar uma estrofe de uma música conhecida e apreciada pela maioria e depois dirigir a congregação a cantar o refrão. Muitas músicas do hinário apareceram primeiro na voz de cantores e grupos vocais. Hoje, isso pode ser feito com algumas músicas que reflitam a teologia da igreja.

Nos momentos de adoração congregacional, o regente precisa escolher o repertório adequadamente. Não é hora de ensinar um hino pouco cantado. Se ele é pouco cantado, pode ser que ele seja pouco preferido. 

Hinos vibrantes e outros solenes, alguns alegres e outros mais reverentes. O regente congregacional precisa pensar no que é melhor para a coletividade e não para a individualidade. E dependendo do repertório escolhido, um regente pode auxiliar na criação de uma atmosfera sadia de adoração e contentamento, mas também pode desanimar e constranger uma congregação.

Buscando soluções para melhorar o louvor da sua igreja? Sinto dizer que não existem soluções mágicas. O regente pode levar um repertório da maior excelência e apreciação do povo, mas se as pessoas não suspirarem por Deus como a corça suspira pelas correntes de águas, não há adoração. A música pode ser a mais contemporânea, mas se eu não me alegrar quando me dizem “Vamos a casa do Senhor”, não há adoração. O hino pode ser o mais tradicional, mas se eu não celebrar com júbilo nem servir com alegria, não há adoração.

Nosso louvor não existe para que Deus nos ame. Nós O louvamos porque Ele nos amou primeiro. Nossa adoração não serve para mostrarmos que somos bons. Nós O adoramos porque Ele é bom e a Sua misericórdia dura para sempre.

Joêzer Mendonça - Nota na Pauta

7 coisas esquecidas sobre a guarda do sábado


O único mandamento que Deus pediu para 
ser lembrado é o mais esquecido de todos

O Senhor inicia o quarto mandamento com esta expressão: “Lembra-te”. Previu Ele que, em meio de cuidados e perplexidades, o homem seria tentado a fugir da responsabilidade da lei, ou esquecer-se de sua sagrada importância. Por isso, diz: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”. Quantos dizem ser guardadores deste dia, mas fazem dele apenas mais um na semana. Acham que o fato de desligar a televisão, não comprar ou trabalhar é descansar no Senhor. A mente fica tão longe dEle… ainda mais por ficar inconsciente o dia inteiro entre o sono e o dormir. Será que também nos esquecemos, de alguma forma, da grandiosidade do sábado?


“Na sexta-feira deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tende o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovai os sapatos e tomai vosso banho. É possível deixar tudo preparado, se se tomar isto como regra” (Testemunhos Seletos 3, pág. 12).

Dica: Comece a faxina na quinta-feira, assim não sobra tudo para fazer na sexta. Divida as tarefas em casa para não sobrecarregar ninguém e agilizar na arrumação. Não escolha um cardápio muito elaborado, pois exigirá muito tempo e trabalho. Capriche nos pratos, mas sem muitas frescuras. Antes do pôr do sol, escolha e passe sua roupa. É sempre bom dar uma checada no Clima Tempo para saber a previsão do dia seguinte. Ter tudo arrumadinho vai poupar tempo no sábado de manhã, deixando todos mais tranquilos e em paz. Se Deus pediu, é porque conseguimos fazer!


“O sábado não deve ser empregado (…) em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas” (Cuidado de Deus, pág. 59).

Dica: Nesse dia, tente dar um tempo ao celular, tablet e computador. É muito comum ver pais na igreja distraindo seus filhos pequenos com esses eletrônicos. As crianças passam as horas do culto quietas, entretidas em jogos, mas aprendendo desde cedo que o sábado não é um dia diferente. Pessoas de todas as idades passam as horas sabáticas fuçando as redes sociais e presas em jogos virtuais. Assim, ignoram sem culpa a razão desse dia sagrado.


“Não deveis perder as preciosas horas do sábado, levantando-vos tarde. No sábado a família deve levantar-se cedo. Despertando tarde, é fácil atrapalhar-se com a refeição matinal e a preparação para a Escola Sabatina. Disso resulta pressa, impaciência e precipitação, dando lugar a que a família se possua de sentimentos impróprios desse dia. Sendo profanado, o sábado torna-se um fardo, e sua aproximação será para ela antes motivo de desagrado do que de regozijo” (Testemunhos Seletos 3, pág. 13).

Dica: Por mais que seja difícil, durma cedo na sexta-feira. Assim, acordará com mais disposição e alegria no sábado. Um atraso pode deixar todos da família estressados, fazendo com que o dia comece com intrigas. Sabendo desse mau hábito, todos verão o sábado como um momento de agonia e estresse.


A Escola Sabatina e o culto de pregação ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser passado em casa e ser o mais precioso e sagrado que o sábado proporciona. Boa parte desse tempo deverão os pais passar com os filhos. Em muitas famílias, os filhos menores são abandonados a si próprios, a fim de se entreterem como melhor puderem. Abandonadas a si mesmas, as crianças em breve ficam inquietas e começam a brincar ou ocupar-se de coisas ilícitas. Deste modo o sábado perde para elas sua importância sagrada.

Quando faz bom tempo, deverão os pais sair com os filhos a passeio pelos campos e matas. Em meio às belas coisas da natureza, expliquem-lhes a razão da instituição do sábado. Descrevam-lhes a grande obra da criação de Deus. Contem-lhes que a Terra, quando Ele a fez, era bela e sem pecado. Desse modo, os pais poderão fazer do sábado o que em realidade deve ser, isto é, o mais alegre dos dias da semana, induzindo assim os filhos a considerá-lo um dia deleitoso, o dia por excelência, santo ao Senhor e digno de honra. 

(Testemunhos Seletos 3, pág. 14 e 15)

Dica: O sábado é dia de trabalhar em prol das pessoas, de levar a paz e o amor de Deus a elas. Mas em momento nenhum a Bíblia diz que se deve abandonar a família para fazer isso. Primeiro é importante cuidar do seu “rebanho”, para depois dar atenção aos demais. Como a vida é muito corrida, a família quase nunca tem uma oportunidade de conversar e fortalecer seus laços, por isso o sábado é um ótimo momento para o lar se unir, criando momentos que o aproxime de Deus.


“Se desejamos a bênção prometida aos obedientes, devemos observar mais estritamente o sábado. Temo que muitas vezes empreendamos nesse dia viagens que bem poderiam ser evitadas. De conformidade com a luz que o Senhor nos tem concedido em relação com a observância do sábado, devemos ser mais escrupulosos quanto a viagens nesse dia, por terra ou mar. A esse respeito devemos dar às crianças e jovens bom exemplo. Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o mais possível por evitar que o dia da chegada ao destino coincida com o sábado. Quando obrigados a viajar no sábado, cumpre evitarmos a companhia dos que procuram atrair-nos a atenção para as coisas seculares. Devemos ter a mente concentrada em Deus e com Ele entreter comunhão” (Testemunhos Seletos 3, pág. 15).

Dica: Estabeleça um horário de saída e o cumpra. Planejar é o primeiro e maior passo para realizar uma viagem que termine antes do pôr do sol. No caso de uma urgência, de realmente não ter como evitar a viagem, faça algo especial nesse momento também, sempre se lembrando da santidade do dia. Ligue o som com músicas de Deus, cante junto (mas não em transportes públicos, certo? Hehe). A Bíblia em áudio também é uma ótima opção para elevar a mente!


“Ninguém vá à igreja para dormir. Não é correto dormir na casa de Deus. Não é nosso costume entregar-nos ao sono quando empenhados em algum serviço profissional, porque geralmente estamos nele interessados. Seria lícito, pois, colocar o culto que tem a ver com os nossos interesses eternos em nível inferior aos negócios seculares?” (Testemunhos para a igreja 6, pág. 361).

Dica: Durma cedo na sexta-feira. Faça disso um hábito! Evite tudo lhe faça perder a noção do tempo nessa noite, como ficar navegando em redes sociais (que de qualquer forma não é uma boa coisa para se fazer no sábado). Ao acordar descansado, você terá um dia mais proveitoso e não fará do travesseiro seu maior companheiro do dia, tendo mais tempo para o Senhor do sábado.


“Muitos precisam ser instruídos quanto ao modo de se apresentarem nas reuniões para o culto do sábado. Não devem comparecer à presença divina com roupa usada no serviço durante a semana. Todos devem ter uma roupa especial para assistir aos cultos de sábado. Devemos vestir-nos com asseio e elegância, mesmo que sem luxo e sem adornos. Os filhos de Deus devem estar limpos interior e exteriormente” (Testemunhos Seletos 3, pág. 22).

Dica: Que responsabilidade assumir o papel de centro das atenções na hora do culto! É como se a gente se mostrasse superior e mais importante do que qualquer mensagem do sermão. Nossa função é atrair o olhar das pessoas para Jesus, e nunca para nós mesmos. Pode ser difícil, mas é preciso.

O sábado é um presente que só pode ser 
compreendido se experimentado com intensidade! 

Emanuelle Salles - Bonita Adventista

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Projeto que dá direito de guarda de alunos está pronto para ser votado


A Agência Senado divulgou nesta semana que alunos que observam dias santos, de acordo com suas convicções religiosas, poderão ter assegurado o direito de fazer provas e frequentar aulas em dias alternativos. É o caso de adventistas ou judeus ortodoxos, que guardam o sábado e não realizam atividades profissionais e acadêmicas nesse dia. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 130/2009 está pronto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e garante ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada, de qualquer nível, o direito de ausentar-se em data de prova ou de aula marcada para dias que devam ser guardados segundo os preceitos de sua religião. Não há, no entanto, qualquer data prevista para que isso aconteça. É importante frisar que o projeto está em condições de ser avaliado por essa comissão técnica.

Conforme a notícia da Agência, a instituição deverá, posteriormente, e sem custos ao aluno, oferecer prova ou aula de reposição em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro horário agendado com sua autorização; ou trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela escola, sempre observando os parâmetros curriculares e o plano de aula do dia da ausência do aluno. A ausência, no entanto, deve ser pedida e justificada com antecedência. Segundo o relator, senador Paulo Paim (PT-RS), o procedimento evitará abusos. Paim é favorável ao projeto, mas apresentou substitutivo, sem alterar significativamente o teor, para sanar problemas, como a possível interferência nos sistemas de ensino dos entes federados com a definição de regras e prazos prevista na proposta original. Ele também tornou a alteração vinculada à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), algo que o projeto original não fazia. 


Sobre a crença adventista no sábado:

5 anos da morte de Michael Jackson e a "Terra do Nunca"


Exatamente há cinco anos, o mundo perdia Michael Jackson, o astro que ostentou durante boa parte da sua vida o título de rei do pop. Morreu e parece que se foi sem nunca ter alcançado o que buscava: Felicidade.

Michael Jackson sonhava com um lugar seu, completamente ausente de sofrimento, onde ele se imaginava Peter Pan, eternamente jovem. Assim, ele construiu para si o parque temático Neverland (Terra do Nunca), que por causa de dívidas em dólares no mundo real, teve que mais tarde ser dividido com outros sócios.

A fragilidade existencial da Neverland de Michael Jackson estava estampada na estética face deformada que seu espelho e as câmaras refletiam. O Michael que se via (quando se via) na vida real era bem diferente “daquele” movimentado personagem dos clips. Imagem nunca foi tudo, como alguns insistem.

O erro e os desencontros de Michael Jackson com a vida foi imaginar que felicidade só é possível com ausência de sofrimento. Não conseguiu perceber que felicidade e sofrimento não são antagônicos e que não há como controlá-los. Nenhum analgésico é capaz de aplacar o sofrimento da alma. Nenhum ditame subverte a felicidade.

Lembrei-me do filme Shadowlands (Terra das Sombras). O filme retrata o período de vida do escritor C.S. Lewis (vivido por Anthony Hopkins) que marcaria para sempre o seu jeito de ver a vida e que foram estampados nos seus escritos. Depois de encontrar o amor da sua vida, Joy Gresham, ele a vê indo dolorosamente embora por causa de uma doença incurável. Neste contexto de extremo sofrimento se ouve de Lewis: “Por que amar, se perder machuca tanto? Eu não tenho mais respostas: só a vida que eu vivi… A dor de então faz parte da felicidade de agora. Esse é o acordo”.

Parece que “Terra das Sombras” insiste em apresentar o mundo como ele é. Sem fantasias enganosas ou fugas psicológicas. Um mundo onde sonhos, alegrias, fé e amor caminham ao lado de sofrimento, perdas, dúvidas e descrença. Um mundo em que a vida, apesar dessas experiências tão contraditórias, vale a pena ser vivida.

Viver a vida na sua plenitude é entender que felicidade não precisa pedir licença à dor para pulsar dentro da gente. Afinal ela faz parte das dádivas divinas: “No mundo, vocês vão passar por aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo.” (João 16:33). Jesus conquistou a possibilidade de vivenciarmos a verdadeira felicidade, sem subterfúgios ou aparatos estéticos, sendo Ele mesmo o autor da vida.

Em Jesus conseguimos compreender a dinâmica de Deus com relação ao sofrimento humano e a maneira como encará-lo na vida. Como diz a personagem de Lewis em Terra das Sombras: O sofrimento faz parte da felicidade.

Lamentavelmente ainda somos, como Michael Jackson, atraídos para a Terra do Nunca, pois não suportamos os momentos que se descortinam sombrios. Só que a Terra do Nunca é fuga/bolha para quem não entendeu a vida ou ainda não cresceu, como Peter Pan… até mesmo, alguém como o rei do pop.

Fonte: Vida.net

terça-feira, 24 de junho de 2014

Jogo da Copa Brasil x Chile no sábado - Obedecer a Deus ou à paixão?


É comum se ouvir que no Brasil o futebol é uma "paixão nacional", capaz de arrebanhar multidões para assistirem aos grandes "clássicos". Para alguns, o futebol é visto como uma verdadeira religião - idólatra, diga-se de passagem. Até alguns adventistas, fanáticos por futebol, sofrem um dilema por ocasião da Copa do Mundo, pois algumas partidas decisivas são realizadas no sábado, e ai fica a questão: "obedecer a Deus... ou à paixão?" Vejamos o que Ellen G. White nos diz sobre isso:

O Tempo do Senhor, Não Nosso

Quando o Senhor libertou o Seu povo de Israel do Egito e lhes entregou Sua lei, Ele os ensinou que pela observância do sábado deviam ser distinguidos dos idólatras. Isto foi o que fez a distinção entre aqueles que reconhecem a soberania de Deus e aqueles que recusam aceitá-lo como seu Criador e Rei. “É um sinal entre mim e os filhos de Israel para sempre”, disse o Senhor. “Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo”. Êxodo 31: 17, 16.

Como o sábado era o sinal que distinguia Israel quando saíram do Egito para entrar na Canaã terrestre, assim é o sinal que agora distingue o povo de Deus ao saírem do mundo para entrar no descanso celestial. O sábado é um sinal do relacionamento existente entre Deus e Seu povo, um sinal de que eles honram Sua lei. Isto faz distinção entre Seus súditos leais e os transgressores… (Conselhos para a Igreja, pág. 266).

Tenho sido atormentada ao ver os que professam crer nas reivindicações obrigatórias da lei de Deus, nos reclamos do sábado do sétimo dia expressos no quarto mandamento, displicentes em relação a seu caráter sagrado. Eles fazem as próprias coisas que o Senhor lhes disse que não devem fazer nesse dia…

O sábado é tempo de Deus. Ele santificou e abençoou o sétimo dia. Ele o colocou à parte para o homem guardá-lo como um dia de adoração. Mas nada que eu possa dizer será mais forte do que as palavras do mandamento: “Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar. Seis dias trabalharas, e farás toda a tua obra; mas o sétimo dia é do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem tua servo, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro de tuas portas; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que nele há, e ao sétimo dia descansou; portanto o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou”. Este é o dia de Deus, e mostramos nossa lealdade a Ele, quando não apenas cremos, mas cumprimos Seus mandamentos. Aqueles que roubam a Deus no Seu tempo serão chamados a prestar contas tão seguramente como o trono de Deus existe.

A lei de Deus é Seu padrão de justiça. Os homens podem, com suas idéias finitas, criar um padrão próprio, e afirmar que eles são justos; mas o padrão de Deus que julgará cada homem naquele grande dia. Os reclamos do sábado não devem ser considerados de forma a mostrar somente um respeito parcial, para fingir guardá-lo, tornando-o inteiramente um assunto de conveniência.

Se os interesses mundanos correm o risco de ser prejudicados, alguns infringirão o sábado, e na realidade roubam o tempo de Deus, e se apropriam dele para seu próprio uso. Isto deprecia a santidade do sábado não apenas em suas próprias mentes, mas por seu exemplo removem de outras mentes a sagrada dignidade que o Senhor colocou sobre o mesmo. Aquilo que Deus tornou santo é rebaixado ao mesmo nível de outros dias comuns de trabalho tão logo quanto qualquer trabalho desnecessário seja feito nesse dia. Seja isto perda ou ganho de um ponto de vista mundano, não alterará um jota ou um til dos reclamos de Deus no quarto mandamento. O nome de cada transgressor, com a natureza da ofensa, é escrito contra o ofensor nos livros do céu.

Mas o sábado tem sido tratado com grande desrespeito. Tem sido usado de uma maneira a depreciar sua dignidade, e remover a sagrada santidade que Deus colocou sobre o mesmo. Deus pretendia ter o sábado colocado diante do povo em seu poder moral, respondendo ao designo de Jeová em manter em lembrança o Deus vivo, o Criador dos céus e da terra. “É um sinal entre mim e ti”, disse Deus…

Pretendemos defraudar o Criador dos céus e da terra roubando Seu tempo reservado, Deus que não nos negou Seu Filho unigênito, mas O entregou para morrer pelo homem, para que através de Seus méritos imputados ao homem se lhe tornasse possível guardar a lei de Deus. O homem insultará e desonrará a Deus pelo desrespeito de Seu santo dia? (Manuscrito 34, 1897).

Apropriando-nos do tempo de Deus para nosso uso próprio, deveis ter mais alta visão dos reclamos de Deus sobre vós em relação ao Seu santo dia… Não de deveis roubar de Deus uma hora do tempo sagrado… Quando o sábado começa devemos colocar uma guarda sobre nós mesmos, sobre nossos atos e nossas palavras, a fim de que não roubemos a Deus pela apropriação para nosso próprio uso daquele tempo que é estritamente do Senhor. (Testimonies, vol. 2, p. 702).

Festas juninas na Bíblia?


Ao tocar nesse assunto corro seriamente o risco de sapecar meus dedos em alguma fogueira por aí. Mas, vamos lá. As chamadas festas juninas começam com Santo Antonio, na véspera do dia 12 e terminam com São Pedro, dia 29. Mas tem a de São João, justamente hoje, 24 de junho. E haja alegria, quadrilhas, quentão, pipoca e pinhão para tantas homenagens…

Todas essas festanças tem origem nas tradições portuguesas. Os chamados “santos populares” correspondem aos diversos feriados municipais dos patrícios de além mar: Santo Antonio, em Lisboa; São Pedro, no Seixal e São João, no Porto, Braga e Almada.

O forte da festa de São João, aqui no Brasil, acontece no nordeste. Canjica, pamonha e comidas tradicionais abastecem os festejos juninos. Alguns países europeus católicos, ortodoxos e protestantes também realizam, cada um ao seu modo, esse tipo de comemoração.

Algumas linhas sobre os três principais homenageados: o Antonio (“o santo casamenteiro”) nem está na Bíblia. Foi um frei português que nasceu em Lisboa, em 1195. O nome nem era Antonio. Chamava-se Fernando. Já Pedro foi discípulo de Jesus e João Batista o precurssor do Messias. Pedro é conhecido pelos católicos como “o santo protetor das viúvas e pescadores”. A brincadeira mais comum na festa é a do pau-de-sebo. A comemoração mais famosa, porém, é para “São João”, com balões e fogueiras de todos os tipos e tamanhos.

Na Bíblia não tem festa junina. Aliás, o conceito bíblico de “santo” é muito diferente do que é propagado ou conhecido por aí. Para adoração, somente a Deus, que é imortal e santo (I Timóteo 1:17). Porém, essa qualidade, a santificação – separação daquilo que não tem nada a ver com Deus – deve ser buscada diariamente por todo o crente vivo (Hebreus 12:14). Paulo costumava chamar os membros das igrejas que havia fundado de “santos” (Colossenses 1:2, Filipenses 1:1, etc).

Pedro, segundo a tradição, foi morto entre os anos 64 e 67 DC, crucificado de cabeça para baixo. João Batista foi decapitado por ordem de Herodes Antipas. Já o Antonio (ou Fernando) morreu na Itália em 1231.

Antonio, João e Pedro viveram exemplarmente aquilo que conheceram. Hoje, porém, eu posso garantir pela Bíblia que os três dormem o sono da morte. São pó. Nada mais do que isso! O que você acabou de ler pode soar como um rojão barulhento ao seu coração. Mas é verdade! Os mortos – todos eles, bons e maus – estão na sepultura. No céu, há somente um suficientemente intercessor: Jesus. Este sim, Santo na plenitude da palavra.

Porém, no desfecho da História, os “santos” e os “ímpios” acordarão do sono da morte. A Bíblia chama isso de ressurreição. Aliás, Jesus acrescenta a informação de que serão duas ressurreições. Uma para a vida eterna (quando Ele retornar segunda vez) e a outra, para a morte eterna (João 5:29). O intervalo entre elas será de mil anos, conforme o livro do Apocalipse, capítulo 20.

Entre a tradição e a Bíblia, fique com a Bíblia!

Pr. Amilton Menezes - Novo Tempo

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O futebol segundo o papa Bento XVI

Em 1985, o então cardeal Joseph Ratzinger (hoje o papa emérito Bento XVI), publicou um texto sobre o futebol, partindo da seguinte pergunta: por que este esporte é capaz de envolver tantas pessoas?

O texto se encontra no livro "Cercate le cose di lassú" ("Buscai as coisas do alto"), publicado em 1986, um pouco antes do início da Copa do Mundo de 1986, no México.

Regularmente a cada quatro anos, a Copa do Mundo de futebol demonstra ser um evento que atrai centenas de milhões de pessoas. Nenhum outro evento no mundo consegue ter um efeito tão grande, o que demonstra que este evento esportivo toca algum elemento primordial da humanidade, e há que se perguntar sobre o que se fundamenta todo esse poder de um jogo. O pessimista vai dizer que é como na Roma antiga.

A palavra de ordem da massa era: panem et circenses, pão e circo. O pão e o jogo seriam, então, o conteúdo vital de uma sociedade decadente que não tem outros objetivos mais elevados. Mas, mesmo se fosse para aceitar essa explicação, ela não seria absolutamente suficiente. Deveríamos nos perguntar mais uma vez: no que reside o fascínio de um jogo que assume a mesma importância do pão? Poderíamos responder, mais uma vez fazendo referência a Roma antiga, que a demanda por pão e jogo era na verdade uma expressão do desejo por uma vida paradisíaca, uma vida de saciedade sem preocupações e liberdade desmedida. Porque é isto que se entende em última análise com o jogo: uma atividade totalmente livre, sem propósito e sem limitações, ao mesmo tempo que envolve e ocupa todas as forças do homem. Neste sentido, o jogo seria uma espécie de tentativa de retorno ao paraíso perdido: a fuga da seriedade escravizante da vida cotidiana e da necessidade de se ganhar o pão, para viver a livre seriedade de tudo que não é obrigatório e, portanto, belo.

Assim, o jogo vai muito além da vida cotidiana. Mas, sobretudo nas crianças, tem também o caráter de um exercício para a vida. Ele simboliza a própria vida, e a antecipa, por assim dizer, de um modo livremente estruturado. Parece-me que o fascínio pelo futebol está essencialmente no fato de que ele conecta esses dois aspectos de uma forma muito convincente.

Ele força o homem a impor-se uma disciplina de modo a obter mediante treinamento um controle sobre si próprio; com o autocontrole, a superioridade e com a superioridade, a liberdade. Além do mais lhe ensina uma harmonia disciplinada: como um jogo de equipe obriga a inserção do indivíduo na equipe. Une os jogadores em torno de um objetivo comum; o sucesso e o fracasso de cada um está diretamente ligado ao sucesso e o fracasso do todo.

Além disso, ele ensina uma leal rivalidade, onde a regra comum que se impõe é o elemento que liga e une na oposição. Por fim, a liberdade do jogo, se este se desenvolve corretamente, anula a seriedade da rivalidade. Ao assisti-lo os homens se identificam com o jogo e com os jogadores, e participam de modo pessoal na harmonia e na rivalidade, na seriedade e na liberdade: os jogadores se tornam um símbolo da própria vida; que por sua vez tem um impacto sobre os demais. Eles sabem que os demais homens se representam neles e se sentem confirmados. Claro que tudo isso pode ser contaminado por um espírito comercial, submetido à seriedade sombria do dinheiro, que converte o jogo em uma indústria e cria um mundo fictício de proporções assustadoras.

Mas, nem mesmo este mundo fictício poderia existir sem o aspecto positivo que é a base do jogo: o exercício para a vida e a superação da vida em direção ao paraíso perdido. Em ambos os casos, se trata de buscar uma disciplina da liberdade; de exercitar em si próprio a harmonia, a rivalidade e o acordo na obediência à regra.

Talvez ao refletirmos sobre essas coisas, poderemos novamente aprender com o jogo uma lição de vida, porque nele está evidente algo fundamental: o homem não vive só de pão, o mundo do pão é apenas o prelúdio da verdadeira humanidade no mundo da liberdade. A liberdade por sua vez se nutre da regra, da disciplina, que ensina a harmonia e a rivalidade leal, a independência do sucesso exterior e da arbitrariedade, e torna-se assim realmente livre. O jogo, uma vida. Se formos mais fundo, o fenômeno de um mundo apaixonado por futebol pode nos dar muito mais do que só um pouco de diversão”.

Fonte: Tempi (original em italiano)

Oito maneiras de lidar com a CULPA


De quando em quando, cada um de nós se engana, comete erros, ou diz algo que não devia ter dito. 0 resultado é sentimento de culpa. Quando a culpa não é administrada adequadamente, seu impacto pode ser danoso. Sentimentos de culpa reduzem a confiança, destroem a auto-estima e a qualidade de vida.

Podem também destruir relacionamentos. A seguir, desejo mencionar oito maneiras de lidar criativa e realisticamente com a culpa:

1 - Reconheça a culpa como um sinal de alerta
Permita que a culpa seja uma ferramenta positiva em alertá-lo de que alguma coisa pode estar errada. Toda vez que a culpa o leva a pensar no problema pela segunda vez e a mudar o comportamento, ela se toma um aliado, não um inimigo. Pense no exemplo do cantor e compositor Neil Diamond. Em 1972, quando se encontrava no auge da carreira, Diamond sumiu do cenário e se isolou por quatro anos. O motivo foi uma consciência pesada. “Casei uma vez, tive dois filhos e estava para me casar pela segunda vez, quando parei para pensar: Espere. É melhor parar um pouco e olhar o que estou fazendo e para onde estou indo. Não quero que este casamento termine em divórcio”, explicou. Como resultado, ele interrompeu sua carreira por 48 meses. “Foi o mais importante período de minha vida”, disse. “Despendi quatro anos para conhecer meus filhos, minha esposa e a mim mesmo.” Ao responder ao sinal de alerta da culpa, Diamond não apenas evitou a repetição do mesmo erro, mas saiu dessa fase mais feliz e equilibrado. Disse que se sentia livre e mais amistoso.

2 - Reconheça o valor da culpa
Sentimentos de culpa têm muita importância quando as pessoas reagem positivamente, corrigindo seu comportamento inadequado, ofensivo, prejudicial ou destrutivo. A culpa abre o caminho para crescimento, aprendizado e maturidade. “As pessoas que fazem coisas erradas, prejudicando a si mesmas e aos outros, devem assumir a culpa“, diz o rabino e escritor Harold Kushner. “Se a culpa as leva a fazer o bem, a evitar o mal, tornando-as mais cuidadosas e prudentes, é uma culpa construtiva.”

3 - Tome tempo para analisar a culpa
Os sentimentos de culpa podem ser corrigidos, reduzidos e mesmo eliminados, após cuidadosa análise. Essa foi uma estratégia eficaz para Susan, executiva de uma agência de propaganda, na costa ocidental norte-americana. Como mãe que trabalhava fora, sentia-se culpada toda vez que sua filha de oito anos adoecia na escola. “Acusava a mim mesma por trabalhar fora e sentia-me culpada por não estar em casa com ela”, disse. Susan, entretanto, aprendeu a analisar sua culpa da seguinte maneira: “Após a primeira onda de culpa, eu me acalmei e passei a olhá-la de frente. Fiz duas perguntas a mim mesma: ‘É necessário abandonar meu emprego?’ A resposta foi não. ‘Existe uma alternativa para meu problema?’ A resposta foi também não. Refleti por longo tempo, e cheguei à mesma conclusão: é difícil trabalhar o dia todo e cuidar de uma criança ao mesmo tempo, mas as outras opções não são convidativas.” Ao analisar sua culpa, Susan conseguiu reduzi-la, não permitindo que ela prejudicasse sua vida ou a de sua filha.

4 - Responda racionalmente
Depois de analisar sua culpa, responda apropriada e racionalmente. Se você cometeu alguma falta ou fracassou a ponto de se sentir culpado, tome medidas corretivas. Peça perdão e faça as devidas reparações, se possível. Não permita que seus sentimentos de culpa o levem a extremos, como aconteceu a um homem cujo irmão faleceu. Na sepultura de seu irmão, ele mandou colocar, como lápide, a réplica de uma Mercedez Benz, com limpador de para-brisa e antena de TV. 0 carro foi esculpido numa pedra de grande valor, trazida de uma pedreira de Vermont. O escultor trabalhou um ano em sua obra de arte. 0 gasto chegou a 120 mil dólares. Qual a razão para essa suntuosa lápide? A culpa. Por anos ele havia prometido comprar um carro para seu irmão, mas não tomara tempo para fazê-lo. Quando seu irmão morreu, um sentimento de culpa tomou conta de sua alma, devido a sua negligência. Sua resposta, entretanto, foi extremista e irracional. Em seu caso, uma resposta mais saudável e racional teria sido fazer uma doação para fins caritativos, em memória de seu irmão, combinado esse gesto com a decisão de cumprir as promessas e obrigações assumidas dali para a frente.

5 - Ponha sua culpa nas mãos divinas
Convide a Deus para remover a mancha da culpa de sua vida. Uma das grandes passagens sobre o perdão divino é o Salmo 51, escrito por Davi, após ter ele reconhecido a hediondez de seu adultério com Bate-Seba. A oração de Davi é um modelo para todos nós. “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a Tua benignidade”, ele escreveu. “Purifica-me,… e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve” (Sal. 51:1-7). O salmo é um reconhecimento de que há coisas que não somos capazes de fazer por nós mesmos. Uma delas é sentir-nos completos, saudáveis e limpos novamente. Todos nós precisamos do auxílio divino para erguer o fardo do pecado e da culpa.

6 - Lembre- se de que você não é perfeito
“Infeliz a pessoa que não pode perdoar a si mesma”, disse o escritor romano Publilius Syrus. Lembre-se: você não é perfeito. Não gaste tanto tempo recriminando-se sentindo-se miserável. Aceite o perdão de Deus, e perdoe a si mesmo também. Relembre este conselho de C. S. Lewis: “Se Deus nos perdoa, devemos perdoar a nós mesmos. Do contrário, é o mesmo que estabelecer a nós mesmos como um tribunal mais alto do que Deus.”

7 - Aprenda da experiência
Não há sentido em repetirmos os mesmos erros. Tire lições dos erros passados. Decida não cometê-los mais.

8 - Esqueça a culpa e vá em frente
Uma vez que você deu todos os passos necessários para fazer reparos e endireitar o comportamento, descarte a culpa, esqueça-a e vá em frente. “Uma das mais importantes habilidades é a capacidade de esquecer”, afirma o escritor Norman Vincent Peale, no livro (Guide to Confident Living – Guia Para um Viver Confiante). “Para ser feliz e bem-sucedido, você deve cultivar a habilidade de dizer a si mesmo: esqueça!” Não deixe a culpa atormentar sua vida. Não se envolva com o que passou. Aprenda sua própria lição, seja sábio, evite ressuscitar erros e vá em frente.

Usando essas estratégias, você poderá administrar os sentimentos de culpa de uma maneira construtiva que o levará a maior alegria e maior qualidade de vida. Além disso, você discernirá a diferença entre a culpabilidade sã, que funciona como sinal de alerta, quando algo está errado, e a culpabilidade mórbida, que tira a alegria de viver.

Texto de autoria de Victor M . Parachin, pastor e escritor norte-americano. 
Publicado na Revista Adventista de janeiro/98.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dia da Imigração Japonesa e a Comunidade Japonesa Adventista


A imigração japonesa no Brasil teve início oficialmente em 18 de junho de 1908, quando o navio Kasato Maru aportou em São Paulo trazendo 781 lavradores para as fazendas do interior paulista. O fluxo cessou quase que totalmente em 1973, com a vinda do último navio de imigração Nippon Maru, contando-se quase 200 mil japoneses estabelecidos no país. Atualmente, o Brasil abriga a maior população japonesa fora do Japão, com cerca de 1,5 milhão de nikkeis (termo usado para denominar os japoneses e seus descendentes). 

Pode-se dizer que o Centro Universitário Adventista (Unasp), campus São Paulo, foi o berço do adventismo entre os japoneses no Brasil. Mas essa história ganha novo rumo em 1931, com a vinda do imigrante Tossaku Kanada, com 19 anos de idade. Em 1932, Kanada resolveu estudar no Unasp (então CAB), onde foi batizado, tornando-se o segundo converso ao adventismo na colônia nipo-brasíleira (o primeiro foi Saburo Kítajima, em 1925). Em 1935, Kanada concluiu Teologia, tornando-se o primeiro pastor adventista japonês no Brasil.

Em fevereiro de 1965, o Pastor Kanada, depois de uma viagem ao Japão para buscar aperfeiçoamento em evangelismo japonês, organizou o Grupo Japonês no Salão dos Jovens da Igreja Central Paulistana, com 16 membros. Esse foi o primeiro grupo japonês adventista organizado no Brasil. Com a chegada dos Pastores Yují Eída e Kíwao Mori, o grupo cresceu rapidamente, chegando a 42 membros, ainda na década de 1960.

Hoje a Igreja Central Japonesa do Capão Redondo faz parte da Associação Paulista Sul (APS). Foi a primeira igreja adventista japonesa organizada no Brasil, mas não é a única. Há duas outras; o Centro Nípônico Adventista, em Belém, PA, fundado em 1979, e a Igreja Nipo-Brasileira, no bairro Mirandópolís, em São Paulo, organizada em 1981.

Os orientais, por terem espírito mais reservado, em geral levam um tempo consideravelmente maior até a conversão. Numa pesquisa entre os próprios membros, constatou-se que cerca de 80 por cento deles vieram a conhecer o adventismo através de laços de parentesco ou amizade. Abordagens diretas como panfletos ou conferências bíblicas normalmente dão pouco resultado entre os orientais. Por isso, a igreja promove eventos sociais de forma a quebrar a barreira do preconceito, tais como o Undokai e o Motitsuki.

As igrejas adventistas nipo-brasileiras procuram manter a tradição japonesa, tendo certas peculiaridades como classe de Escola Sabatina em japonês, pregações traduzidas, conjunto musical em japonês, aulas de idioma mensais e o tradicional "junta-panelas" a cada sábado, com alguns pratos típicos. Os adventistas japoneses também distribuem revistas e outras publicações missionárias na língua japonesa.